O Panteão de Eldória

Em Eldoria, os deuses não são meras lendas remotas, mas forças vivas que permeiam céus, florestas, montanhas e rios, urdindo o destino dos mortais como tear divino. Cada divindade manifesta‑se através de santuários e ritos que lhe são próprios, e entrelaça‑se com a cultura de quem lhe professa fé. Nas cidades de pedra branca de Arkadia, erguem‑se templos de mármore e vitrais dourados onde se exalta a justiça solar de Ilmárien; nas florestas enevoadas de Sylvannis, cânticos ao luar de Venyara ecoam entre troncos ancestrais; e nos pântanos sombrios de Zar’Kharûl, pactos profanos com Sirthël acontecem sob o véu da noite eterna.

A religião eldoriana é antes uma tapeçaria viva do que um cânone imutável: clérigos e druidas, monges e bardos, todos entrelaçam magia e oração em escolas secretas ou em salões públicos. Nas planícies áridas de Durandram, guerreiros ofertam o clangor de suas lâminas a Khaldros, enquanto magos nos observatórios de Al’Qamar decifram os segredos celestes confiados a Isarion. Mesmo os deuses mais antigos — Telvôr adormecido sob as rochas, Yssha a musa dos devaneios, ou Ashirâm, senhor das tempestades — mantêm em seus cultos um sopro de mistério, e reúnem devotos dispostos a caminhar por trilhas sombrias em busca de revelações esquecidas.

Por toda Eldoria, festivais e procissões marcam o ritmo do ano: do esplendor de Auroralys, quando bandeiras flamejantes festejam o renascimento do sol, à Noite da Lua Escondida, respeito silente às marés do inconsciente. Relíquias antigas — lâminas que brilham com a luz de estrelas mortas, tochas imortais que jamais se apagam — são guardiãs de histórias de glória e sacrifício. Assim, a fé em Eldoria é antes uma chama viva do que um dogma rígido: suas labaredas guiam reis e camponeses, estudiosos e guerreiros, unindo‑os num mesmo hino ao mistério que anima o próprio coração do mundo.

✨ Deuses da Luz e da Ordem

✨ Ilmárien, A Coroa Solar

Símbolo de Ilmárien

Na aurora de cada dia, quando o véu da noite ainda toca suavemente os telhados de pedra branca de Arkadia, os sinos do Templo da Coroa Solar ressoam com timbres dourados, como o primeiro raio que beija o mundo. É então que os devotos de Ilmárien — homens e mulheres de túnicas de linho bordadas com fios de ouro solar — caminham em silêncio pelas vias de luz em direção aos pátios consagrados, para dar início à sagrada Oração da Nova Alvorada.

☀️ Culto e Rituais

O culto a Ilmárien é tanto celebração quanto disciplina. O dia começa com o Rito do Primeiro Brilho, em que os fiéis posicionam‑se voltados ao leste, entoando um cântico ancestral cuja melodia se perde nos tempos da fundação de Arkadia. Essa canção, dita ter sido ensinada pelo próprio Ilmárien aos primeiros reis da humanidade, ecoa pelas abóbadas e espelha o nascer do sol, como se convocasse o astro a cumprir mais uma jornada sobre os homens.

Durante a oração, os clérigos aspergem água sagrada — recolhida ao entardecer anterior e perfumada com pétalas de girassol — sobre o altar e sobre os rostos dos congregantes. Acredita-se que essa unção confere clareza de propósito, dissipando as trevas da dúvida e purificando os votos para o dia que nasce.

Nas grandes solenidades, como o Auroralys, sacerdotes portam estandartes flamejantes e conduzem procissões entre colunas de mármore dourado. Em cada parada, louvam os feitos dos reis antigos e dos paladinos sagrados, entoando nomes esquecidos sob o fulgor das relíquias solares.

Ao meio-dia, realiza-se o Rito do Zênite, um breve momento de silêncio coletivo, onde todos — do mais alto príncipe ao mais humilde servo — contemplam o sol em reverência, com a cabeça descoberta e os olhos semicerrados. Crê-se que Ilmárien vê os corações nesse instante e escuta os votos mais sinceros.

🔥 Mística e Símbolos

O símbolo máximo de Ilmárien é a coroa dourada sobre o sol de face humana, representação viva da luz soberana e do julgamento compassivo. Seus altares são circulares e ornados com mosaicos que refletem a luz do amanhecer em tons de âmbar e escarlate.

Nas capelas secretas dos castelos reais, lâmpadas de âmbar eterno — conhecidas como “Corações do Sol” — ardem incessantemente desde os tempos do reinado de Arkadius. Essas chamas, segundo os mais antigos, são fragmentos da luz primordial, trazidos à Terra pelos arautos do deus no tempo anterior aos tempos.

Em rituais de justiça, espadas são mergulhadas em bacias de luz líquida — um óleo transparente que brilha com intensidade própria. Esse ato sela o pacto entre o guerreiro e o sol, tornando sua lâmina símbolo de verdade e retidão.

👑 Veneráveis e Ordens

Reis e rainhas de Arkadia e Valiord tomam seus juramentos sob a égide de Ilmárien, diante do Trono do Sol Justo, uma relíquia de mármore branco esculpido com imagens dos primeiros governantes e envolta por vitrais que vertem luz dourada sobre o trono ao romper do dia.

Entre os mais sagrados defensores do culto estão os Corpos de Guardiões do Brilho, paladinos consagrados que jamais empunham suas armas senão em nome da justiça solar. Suas armaduras são polidas com pó de topázio solar e seus elmos levam o emblema flamejante da coroa de Ilmárien. Eles são treinados desde jovens em orações em batalha, técnicas de luta sagrada e votos de pureza de intenção.

Sacerdotisas solares, por sua vez, dedicam-se ao Ofício das Lâmpadas, zelando pelas chamas eternas nos templos e ensinando os versos de Ilmárien aos jovens iniciados. Dentre elas, algumas ascendem ao título de Auróforas, aquelas que carregam a luz do deus para as fronteiras mais distantes do reino, iluminando terras assoladas por guerra ou trevas.

☀️ Antecedentes

Os devotos de Ilmárien são, antes de tudo, Justos, Honrados e Fiéis. Não apenas seguem a luz — eles a empunham como lâmina. Tais clérigos vivem por um juramento de ordem imaculada, e veem na justiça o reflexo da própria chama divina. Quando a injustiça se ergue nas sombras, eles respondem com aço e misericórdia — na medida certa de cada um.

Empunham espadas longas ou maças forjadas sob bênçãos solares, e cobrem seus corpos com armaduras completas, reluzentes como o bronze do alvorecer. Alguns portam escudos medianos com o emblema dourado do Sol Sagrado; outros renunciam ao escudo para manejar espadas de duas mãos — símbolo de julgamento implacável.

Nas costas, balançam capas longas de linho bordadas com o símbolo de Ilmárien, e sobre os ombros, carregam panos cerimoniais tingidos com pigmento solar, como se o próprio amanhecer os vestisse em glória. São os Portadores da Alvorada, guardiões do pacto entre o céu e os homens.

🏰 Reinos de Influência




🌌 Veltharion, Guardião do Destino

Símbolo de Ilmárien

No firmamento imutável onde as estrelas dançam sobre os séculos, repousa a presença velada de Veltharion, o tecelão do inevitável, o vigia das possibilidades, aquele que enxerga não o tempo como linha, mas como tapeçaria. Seus devotos não bradam — sussurram. Não invocam — escutam. Pois toda prece a Veltharion é, antes de tudo, um silêncio que pressente.

🕯️ Culto e Rituais

Nos altos observatórios de Arkadia, onde os ventos do zênite beijam as cúpulas de bronze, sacerdotisas do destino vestem-se com mantos bordados com constelações, cada estrela representando um nascimento, uma escolha, uma queda. Ao cair de eclipses — considerados os portais mais tênues entre os mundos possíveis — realiza-se o sagrado Rito da Convergência: um momento em que as Runas do Fado são entalhadas sobre placas de pedra lunar, com punções mergulhados em vinho de orvalho noturno.

Essas runas não contêm apenas palavras, mas linhas de poder que vibram sob o olhar dos oráculos. Quem se deita diante delas pode sonhar futuros que ainda não chegaram — ou reviver escolhas que nunca fez. Nas câmaras mais antigas, murmura-se que os mais sábios conseguem ouvir Veltharion falando através da rotação de planetas e dos sussurros dos eclipses.

Nos templos de Al’Qamar, ao sul do Deserto Estelar, sacerdotes traçam mapas astrais sobre pergaminhos de pele de âmbar e rezam a Liturgia dos Vórtices, pedindo a Veltharion que revele o caminho mais sábio, e não o mais fácil. O tempo, para eles, é labirinto e lâmina.

⏳ Mística e Símbolos

O símbolo de Veltharion é uma ampulheta de cristal negro, sustentada por serpentes gêmeas que mordem a própria cauda. Dentro dela, grãos de areia prateada — diz-se que nascidos do sopro do tempo primordial — caem lentamente, mesmo quando a ampulheta é deitada. Segundo os arcanos, essa areia guarda em si memórias de destinos não escolhidos.

Relíquias associadas a Veltharion incluem os Olhos do Eclipse — duas esferas de vidro esfumado que, se colocadas sobre as pálpebras de um defunto, revelam em sonho a vida que ele poderia ter vivido. Em cerimônias fúnebres, é comum enterrar essas esferas junto aos sábios, como oferenda e advertência.

🧵 Veneráveis e Ordens

Os mais reverenciados servos de Veltharion são os Costureiros do Fio Velado: oráculos, profetisas e escribas que vivem em torres isoladas, onde o tempo é medido não por sinos, mas por sombras. Esses devotos anotam futuros possíveis em pergaminhos vivos, selados em cofres de bronze encantado. Alguns dizem que tais rolos se reescrevem sozinhos a cada amanhecer.

Há também os Tecedores da Possibilidade, uma ordem errante que só surge em momentos de crise, guiando reis, heróis ou mesmo ladrões em direções que, segundo Veltharion, devem ser seguidas — não porque são justas, mas porque são inevitáveis.

🕰️ Antecedentes

Clérigos de Veltharion são escolhidos não apenas por suas ações, mas por suas inclinações eternas: Sábios, Leais e Inteligentes. A eles não cabe alterar o destino — mas interpretá-lo, guiá-lo, e por vezes selá-lo, como se fossem escribas do próprio tempo.

Em seus trajes cerimoniais, vestem mantos escuros bordados com constelações em prata antiga, e trazem ao peito ampulhetas encantadas, cujo ritmo da areia dita seus presságios. Armam-se raramente, mas quando o fazem, portam varas de bronze ancestral ou adagas encantadas com runas do fado, jamais empunhadas em vão.

São chamados de Guardiões da Trama Invisível, e não lideram exércitos — conduzem destinos. Quando um deles fala, o tempo escuta.

🏛️ Reinos de Influência




🎶 Nariël, A Aurora Que Canta

Símbolo de Ilmárien

Quando o primeiro suspiro da aurora sopra sobre as copas enevoadas de Galathiel e as colinas ondulantes de Brumasuave, uma melodia desperta com a luz: é o eco invisível de Nariël, a deusa do alvorecer sonoro, cujo nome é murmurado em todas as línguas que ainda sabem cantar. Diz-se que, antes da criação do mundo, foi sua voz que deu ritmo ao girar das estrelas e harmonia aos ventos que cruzam as montanhas.

🌅 Culto e Rituais

O culto a Nariël não se expressa em dogmas gravados em pedra, mas em acordes sussurrados no coração. Seus templos são abertos, muitas vezes sem paredes ou teto, como o Círculo de Harmonyl em Galathiel — um anel de pedras lisas dispostas entre árvores floridas, onde os fiéis se reúnem antes do nascer do sol.

Ao despontar da aurora, bardos e curandeiros formam o Círculo de Harmonia, dispondo-se em roda com instrumentos sagrados: liras feitas de galhos vivos, flautas de cerâmica azul e tambores de couro perfumado com ervas. Entoam então os Cânticos do Primeiro Luzir, melodias milenares cuja cadência se acredita ser capaz de curar doenças, pacificar corações e selar tratados de paz.

Nenhuma oração é dita em silêncio: todo louvor a Nariël é um som, um sopro, um vibrar. Seus rituais não impõem silêncio reverente, mas confluência de vozes — pois segundo os devotos, “o sagrado habita no intervalo entre as notas”. Em Brumasuave, é comum que vilarejos iniciem suas manhãs com canções comunitárias, onde cada aldeão canta uma nota, formando um coral que acolhe o sol.

✨ Mística e Símbolos

O símbolo de Nariël é uma espiral de luz crescente sobre um ramo florido, representando a ascensão da música desde o coração da terra até os céus. Altares consagrados a ela costumam vibrar levemente, como se tivessem cordas invisíveis que ressoam com o cântico certo.

Instrumentos oferecidos à deusa tornam-se Relíquias Harmonizadas: ganham timbres inimitáveis e, segundo a tradição, jamais desafinam. Já os Cristais de Som — pedras translúcidas consagradas em cerimônia — são colocados nas fontes dos templos e reverberam canções gravadas em eras antigas.

🌸 Veneráveis e Ordens

Entre os mais estimados servos de Nariël estão os Trovadores do Alvorecer, bardos que viajam entre os reinos curando, ensinando canções e selando disputas com melodias pacificadoras. Eles não carregam espadas, mas seus versos têm o poder de desarmar até o mais endurecido dos corações.

Nas cidades, os Curandeiros do Som servem como médiuns da deusa: suas vozes entoam hinos que restauram não apenas o corpo, mas também a alma. Diz-se que aqueles que dormem sob o cântico sagrado despertam com lembranças de sonhos que não viveram, mas que desejariam ter vivido.

Em festivais, os Pacemelistas — poetas-sábios da paz — entoam a Canção das Três Madrugadas, uma composição dividida em três partes, cantada ao longo de três dias consecutivos, cuja finalidade é selar alianças entre povos. Onde ela é completada, nenhuma guerra eclode por pelo menos sete verões, segundo a tradição.

🎶 Antecedentes

Os filhos da Aurora são, quase sempre, Bondosos, Altruístas e Humildes. Não impõem sua vontade pela força, mas pela beleza — pois compreendem que a harmonia da canção pode fazer mais que mil espadas. São os Trovadores do Alvorecer, poetas da luz, guardiões do silêncio curativo.

Vestem-se com túnicas leves, adornadas com cordões de flores encantadas, e seus instrumentos são feitos com madeira consagrada, como se cada nota fosse uma oração. Alguns portam adagas cerimoniais de cristal cantador, mas raramente as usam. Preferem o poder das palavras bem colocadas, dos versos que desarmam a raiva e das melodias que selam pactos de paz.

Os clérigos de Nariël caminham descalços em muitos rituais, para sentirem a vibração da terra e afinarem suas canções ao ritmo do mundo.

🏛️ Reinos de Influência




Deuses da Noite e do Mistério


🌙 Venyara, Dama da Lua Velada

Símbolo de Ilmárien

Quando o mundo ainda repousava em sombras primevas e os céus não conheciam o brilho de Ilmárien, foi Venyara quem primeiro lançou sobre Eldoria um clarão suave e prateado. Ela é chamada de Dama da Lua Velada, Rainha das Marés Sussurrantes e Guardadora dos Sonhos Insondáveis. Sua luz não fere os olhos, mas embriaga o espírito. É a guardiã dos reflexos, dos silêncios e dos caminhos ocultos que se abrem sob o luar.

E é Selura, a lua de Eldoria, sua morada sagrada — não apenas um astro, mas um espelho encantado de sua alma. Os devotos dizem que as fases de Selura são os véus de Venyara, ora revelando, ora ocultando os segredos do mundo. E quando o pequeno corpo celeste conhecido como O Guardião, um asteroide que a acompanha em sua órbita eterna, cruza-lhe o caminho, formam-se portais astrais onde o tempo se dobra e o destino sussurra.

🌊 Culto e Rituais

O culto à Venyara é conduzido com reverência silenciosa e beleza etérea. Suas sacerdotisas, envoltas em véus de seda prateada, dançam nas praias brancas durante as noites de lua cheia, escrevendo antigas runas lunares na areia com conchas consagradas. Ao centro do círculo, um espelho d’água é cavado — às vezes uma tigela cerimonial, outras, uma bacia cavada na própria terra úmida da costa — e ali despeja-se o Elixir de Âmbar Lunar, uma poção límpida feita de mel pálido, vinho de flor de orvalho e resquícios cristalizados de prata líquida.

Esse ritual é chamado de Água Silente, e quem bebe o elixir antes de adormecer tem sonhos vívidos — dizem que são visões enviadas por Venyara através de Selura. Em noites de conjunção entre Selura e O Guardião, sacerdotisas conduzem rituais ainda mais profundos: meditações em silêncio absoluto, onde é proibido até o sussurrar. Nessa noite especial, os véus não são usados no rosto, mas mergulhados em água e oferecidos à lua, como oferenda.

No reino glacial de Hröshgard, monges lunares moldam espelhos de gelo puro nas cavernas do norte. Quando a luz da lua toca esses espelhos, figuras se formam — passados, futuros ou avisos velados, conforme a posição do Guardião no céu. Muitos acreditam que Venyara observa o mundo com dois olhos: um sereno, refletido em Selura; e outro insondável, que habita a órbita irregular do Guardião.

✨ Mística e Símbolos

O símbolo sagrado de Venyara é um véu prateado ondulando sobre a superfície calma de um lago. Altares dedicados à deusa são cobertos por sedas etéreas que se movem mesmo sem vento, e é dito que quem repousa sob esses véus, em noites de silêncio total, pode ouvir sussurros vindos da própria Selura.

Entre seus artefatos sagrados, destaca-se o Cálice da Maré Sonhada, usado para colher o reflexo da lua na água e selar pactos silenciosos. Já os Cristais de Névoa — fragmentos de quartzo lunar embebidos em luz de Selura — são amuletos preciosos entre os devotos, usados para proteger o sono ou induzir visões de vidas que poderiam ter sido.

🌘 Veneráveis e Ordens

Entre os devotos mais reverenciados de Venyara estão os Tecelões de Bruma, monges e monjas errantes que produzem véus mágicos à luz do luar. Cada véu carrega uma bênção específica: alguns tornam invisíveis àqueles que desejam escapar; outros revelam os sentimentos ocultos de quem os veste. A Ordem acredita que toda verdade se revela na penumbra, e toda mentira se desfaz sob o brilho da lua.

Outros seguidores são os Oráculos do Velo Lunar, que jamais falam em voz alta. Utilizam gestos e pedras encantadas para comunicar as mensagens que lhes são confiadas em sonho. Reúnem-se apenas em lugares onde a luz de Selura reflete sobre água parada, e suas profecias costumam ser cantadas em melodias que se repetem de geração em geração, como lamentos ancestrais.

Nos desertos de Valiord e nas colinas sussurrantes de Sylvannis, clãs de feiticeiros lunares praticam antigos encantamentos sob a orientação de mapas celestes. Cada fase de Selura marca um tipo diferente de ritual, mas todos evitam conjurar magia quando o Guardião cruza a face da lua — pois dizem que, nesse instante, Venyara ouve cada palavra dita no mundo dos vivos.

🌙 Antecedentes

Os devotos de Venyara trilham caminhos velados, guiados por Sabedoria, Fidelidade e Humildade. São estudiosos do oculto, ouvintes dos sonhos, mestres dos espelhos. Raramente falam em voz alta, e quando o fazem, cada palavra soa como sussurro selado por véu de prata.

Vestem mantos translúcidos, muitas vezes cinzentos ou azul-lunar, adornados com bordados de fios encantados. Carregam elixires soníferos, pingentes de cristal lunar, e espelhos consagrados que revelam reflexos do além. Suas armas são discretas: adagas rituais feitas de pedra da lua ou bastões de névoa sólida, forjados em noites de eclipse.

São chamados Oráculos do Véu, pois conhecem o limiar entre o real e o sonhado — e ali fazem morada.

🏛️ Reinos de Influência




🕷️ Sirthël, O Tecelão das Sombras

Símbolo de Ilmárien

Antes que a luz tivesse forma e o tempo conhecesse medida, havia já as sombras — e nelas, um sussurro antigo, um sussurro que tecia. Sirthël, conhecido como o Tecelão das Sombras, é o senhor dos véus entre o visível e o oculto, patrono do segredo, da ausência e do jogo de máscaras que rege o mundo. Para alguns, ele é a ausência divina; para outros, o sussurro no ouvido de um rei antes da traição.

Não há imagem oficial de Sirthël — pois toda tentativa de retratá-lo desvanece. Os textos sagrados dizem que ele habita entre os fios que separam o que é dito do que é silenciado, entre o gesto e a intenção oculta. Sua existência é reconhecida não por presença, mas por ausência. Onde se sente falta, ali passou Sirthël.

🕯️ Culto e Rituais

O culto a Sirthël é praticado nas profundezas — não apenas físicas, mas também morais. Seus fiéis não falam seu nome em voz alta, e muitas vezes não o mencionam de todo. Diz-se que, nos confins de Zar’Kharûl, existem passagens subterrâneas conhecidas como Salões da Fala Esquecida, onde iniciados praticam o Rito do Fio Silente: um cântico mudo entoado em uníssono, acompanhado do gravar das Runas da Ausência em paredes de basalto, com lâminas feitas de obsidiana negra.

Essas runas não possuem significado legível, mas alteram o espaço — obscurecendo luz, abafando som, e tornando aquele que as escreve quase indetectável aos sentidos comuns. Cada iniciado deve sacrificar uma lembrança no início de seu treinamento: um nome, um rosto, um cheiro — algo que nunca mais poderá lembrar. Tal esquecimento é a chave de entrada para o véu.

No coração de Durandram, anões renegados mantêm uma câmara conhecida como o Tear de Ébano, onde fios negros de metal são tecidos por mãos vendadas. Lá, rituais de ligação silenciosa são selados entre clãs esquecidos — pactos de vingança, espionagem ou silêncio perpétuo.

Em Valiord e Glimbral, o culto floresce em becos e bastidores, entre ilusionistas e espiões. Existem grupos que se autodenominam A Trama Desfeita, que realizam encenações noturnas nos telhados das cidades, onde cada movimento é um encantamento e cada sombra projetada, uma profecia.

🌑 Mística e Símbolos

O símbolo de Sirthël é um tear rompido, entrelaçado por uma única linha de breu que forma o contorno de um olho fechado. Seus mantôs — tecidos em rituais secretos — são capazes de absorver luz e calor, tornando seu portador quase invisível. Não se trata de magia no sentido tradicional, mas de uma reescrita da percepção. Usá-los exige juramento de silêncio e renúncia à vaidade, pois eles não refletem a forma de quem os veste.

Outros itens místicos incluem os Espelhos de Breu, feitos de vidro negro que não mostram reflexos, mas memórias apagadas. Cultistas avançados aprendem a ver através deles o que outros desejam esconder — intenções, traições, e até destinos prováveis.

🧵 Veneráveis e Ordens

Os mais notórios seguidores de Sirthël são os Tece‑Fados, agentes que atuam nos bastidores do poder. Espiões, assassinos silenciosos, conselheiros de confiança que jamais são lembrados — todos eles tecem destinos, interferem na balança dos reinos e se desvanecem como fumaça. Cada Tece-Fado renuncia seu nome de nascimento, adotando uma runa da ausência como identificação.

Existe também a ordem secreta dos Oradores do Vazio, mestres do discurso dissimulado e da palavra que mascara. Nas cortes, são diplomatas, inquisidores, ou poetas enigmáticos; nas sombras, são juízes de pactos não ditos.

Há ainda os Portadores da Agulha, assassinos devotos que selam seus pactos com punhais de basalto forjado em silêncio absoluto. Cada morte que cometem não é anunciada, mas celebrada com um fio costurado na bainha de seus mantos — um ponto a mais na tapeçaria invisível do deus.

🕸️ Antecedentes

Os servos de Sirthël são tecelões do não-dito, moldados por Vilania, Inteligência e Ambição. Raramente assumem papéis de destaque público, preferindo manipular os fios ocultos do destino a partir das sombras. Cada gesto, cada silêncio, é uma estratégia. Cada olhar, uma ameaça velada.

Suas vestes são negras como breu, costuradas com linhas encantadas que absorvem a luz. Muitos envolvem o rosto com véus rasgados, deixando apenas os olhos à mostra — olhos que, dizem, são treinados para ver a verdade no reflexo dos pesadelos.

Portam punhais de basalto e grimórios de sombra, escritos com tinta de obsidiana derretida. Não empunham espadas — preferem a lâmina fina da palavra e o veneno do silêncio. Em seus mantos, carregam bordado o tear rompido, em memória do mundo ideal que foi rasgado quando o primeiro juramento foi traído.

São conhecidos como Tece-Fados, conselheiros das trevas e arautos de reinos que ainda não caíram — mas cairão.

🏛️ Reinos de Influência




🕯️ Zal’Amun, A Máscara da Noite Infinita

Símbolo de Zal’Amun

Nos salões de mármore negro enterrados sob as areias de Al’Qamar, e nas criptas esquecidas sob as fundações de antigas cidadelas humanas, ressoam os cânticos ocos do Cortejo das Faces. Assim caminha o culto a Zal’Amun, o deus que não tem rosto — ou que possui todos. Ele é o Senhor das Máscaras, o Rasgador de Véus, aquele que concede vislumbres de mundos paralelos àqueles dispostos a perder-se na busca por verdade demais.

🕯️ Culto e Rituais

Os rituais de Zal’Amun não ocorrem à luz do dia, nem sob olhos mortais não iniciados. Realizam-se nas Galerias das Faces, câmaras subterrâneas cujas paredes são cravejadas de nichos contendo máscaras sagradas — cada uma representando um nome esquecido, um espírito preso, ou um destino nunca vivido.

Durante o Cortejo das Faces, cada iniciado forja sua própria máscara em silêncio absoluto, usando apenas os metais consagrados ao deus: ónix, prata negra ou meteoro caído sob eclipses. A cerimônia culmina com o Beijo do Véu, em que o neófito entalha nas costas da própria máscara o nome de uma divindade esquecida, selando seu pacto com a escuridão translúcida entre os mundos.

Em Al’Qamar, é costume ver os Velados caminhando pelas vielas noturnas, usando mantos cerimoniais costurados com fios de sombra e véus esvoaçantes. Já em Arkadia, pequenas seitas realizam seus ritos em ruínas secretas sob as fundações da antiga Altavista, entoando litanias invertidas que apenas seus sonhos compreendem.

🌀 Mística e Símbolos

O símbolo de Zal’Amun é a máscara negra atravessada por uma linha ondulante — evocação de um véu rasgado entre planos. Diz-se que ao vestir uma dessas máscaras, o portador pode vislumbrar a verdade que reside no intervalo entre os mundos — mas ao custo de esquecer partes de si mesmo.

Algumas máscaras sagradas são conhecidas por nome: a Rostro de Nihil, que silencia qualquer som ao seu redor; a Máscara da Aurora Esquecida, que permite caminhar em sonhos de outros; e a Vultus Caecus, que dá a visão do futuro ao custo da própria visão. Estas relíquias são guardadas pelos Semeadores de Véus, ordem de profetas-loucos que espalham o culto entre os reinos disfarçados de mendigos, atores ou conselheiros reais.

🕯️ Veneráveis e Ordens

Entre os mais devotos estão os Portadores do Silêncio, que jamais revelam seu verdadeiro rosto após o primeiro juramento. Falam por enigmas, escrevem apenas em espelhos e andam sempre em grupo ímpar. Suas palavras são tidas como profecias, suas danças como rituais, e seus silêncios — como maldições em forma latente.

Outros cultuam por meio dos Teatros Ocultos, peças encenadas em cidades durante eclipses ou festas disfarçadas. Os atores, iniciados no culto, recitam verdades esquecidas em forma de fábulas, embriagando o público com vinho encantado e melodias de flautas duplas. Ao final, alguns dos espectadores não voltam para casa — dizem que foram levados pelo véu aberto da encenação.

🕯️ Antecedentes

Os cultistas de Zal’Amun são moldados por Malignidade, Ambição e Orgulho. Enxergam o mundo como uma tapeçaria incompleta, onde a mentira se veste de ordem e a verdade só pode ser desvelada pelo colapso da sanidade. Suas palavras não são rezas, mas enigmas — cada um uma porta para planos ocultos.

Utilizam adagas curvas, báculos de ónix e, nas cerimônias, carregam velas negras encantadas cujo fumo forma visões nas paredes. Vestem-se com mantos de tecido translúcido em camadas, escondendo armaduras de couro sombrio e escudos pequenos em forma de losango, sobre os quais gravam os nomes de espíritos pactuados.

Raramente se armam como soldados, mas quando o fazem, suas armas são consagradas a fins específicos: silenciar um traidor, abrir um portal, selar uma alma. Tudo tem um propósito, ainda que obscuro — pois tudo é máscara.

🏜️ Reinos de Influência




🍃 Deuses da Natureza e das Estações

🌿 Orlindar, Pai das Folhas e Raízes

Símbolo de Orlindar

Antes que as cidades erguessem suas muralhas, antes que os homens soubessem o nome do fogo ou o gume do ferro, havia o sopro verde de Orlindar, o Pai das Folhas e Raízes. Acredita-se que seu primeiro suspiro fez brotar a Grande Árvore do Mundo, cujas raízes atravessam o tempo e cujas folhas sussurram segredos antigos aos que sabem escutar.

Orlindar não exige templos de pedra, nem oferendas de ouro. Seu templo é o bosque vivo, o silêncio entre dois pinheiros, a névoa que dança nas clareiras ao nascer do sol. Ele é o guardião dos pactos primordiais entre criatura e floresta, entre planta e céu, entre ciclo e renascimento.

🌳 Culto e Rituais

O culto de Orlindar se manifesta através do Círculo das Raízes Entrelaçadas, um rito celebrado por druidas e guardiões florestais em clareiras sagradas. Os participantes dispõem-se em roda, tocando o solo com mãos nuas, entoando cânticos que remetem ao Idioma Verde, linguagem perdida que, dizem, é compreendida pelas árvores antigas.

Durante as estações de transição — equinócios e solstícios — realizam-se os Ritos das Folhas Caídas ou das Sementes Despertas. Ramos frescos, frutos maduros e raízes curativas são dispostos sobre altares de pedra cobertos de musgo. As oferendas não são queimadas, mas enterradas sob árvores eleitas, em troca da bênção do crescimento e da proteção natural.

Os seguidores de Orlindar evitam cortar árvores vivas. Quando a madeira é realmente necessária, realizam o Pedido de Raiz, um ritual que pede permissão ao espírito da floresta. O tronco abatido é marcado com runas de luto e, em seu lugar, três novas sementes são plantadas. Essa tradição é respeitada mesmo entre madeireiros do norte de Valiord, onde o culto ao deus sobrevive entre as famílias mais antigas.

🌿 Mística e Símbolos

O símbolo de Orlindar é o círculo de pedra coberto de musgo, representação do ciclo natural e da comunhão entre os reinos vegetal, animal e espiritual. Tais círculos existem em Brumasuave, Glimbral e Sylvannis — e dizem os bardos que foram plantados pelo próprio Orlindar, com pedras carregadas por raízes vivas.

As vestes dos sacerdotes e druidas de Orlindar são feitas de fibras naturais e tingidas com pigmentos de folhas. Usam colares de sementes encantadas e bordados de ramos vivos que brotam enquanto os rituais são realizados. Alguns portam o Báculo de Seiva Viva, uma arma-símbolo feita de madeira que nunca seca, usada para canalizar bênçãos ou despertar defesas naturais da floresta.

🌲 Veneráveis e Ordens

Entre os devotos, destacam-se os Guardadores da Primeira Raiz, druídas antigos que jamais deixaram a floresta e que falam com os entes das árvores. Suas palavras fazem os troncos estremecerem e podem acalmar feras enfurecidas.

Também existem os Rangers da Folha Silente, arqueiros e protetores que patrulham as bordas das matas sagradas. Têm olhos treinados para detectar desequilíbrios naturais e combatem aqueles que profanam os pactos verdes. Suas flechas são feitas de galhos consagrados, e cada disparo é precedido de uma oração sussurrada à copa das árvores.

🍂 Antecedentes

Os servos de Orlindar são Bondosos, Altruístas e Sábios. Vivem em harmonia com os ciclos da natureza e sentem nos ossos as mudanças das estações. Não impõem domínio — guiam pelo exemplo. São curandeiros dos campos, vigias do equilíbrio, conselheiros dos reinos que desejam coexistir com a terra, e não subjugá-la.

Costumam empunhar lanças de madeira, bastões entalhados ou foices de prata verde, e muitos fazem uso de arcos curvos enraizados em ritual próprio. Suas armaduras são leves, feitas de couro natural ou escamas vegetais, reforçadas com cascas encantadas.

Em combate, invocam raízes que brotam do chão para prender inimigos, vinhas que envolvem o corpo como armadura e brisas que confundem os sentidos do adversário. Quando marcham, a floresta caminha com eles.

🌾 Reinos de Influência




🍂 Therysia, Mãe das Estações

Símbolo de Therysia

Quando os ventos mudam, quando as folhas rubras caem em rodopios e o cheiro doce da terra anuncia a colheita ou a germinação, os fiéis de Therysia erguem seus olhos aos céus e sussurram agradecimentos àquela que rege o compasso do tempo cíclico: a Mãe das Estações. Guardiã do ciclo vital, ela não nasce nem morre, apenas se transforma, em eterna dança com os meses do mundo.

Therysia é a deusa da mudança harmoniosa, da abundância equilibrada e da aceitação do fluxo inevitável. Seu rosto muda conforme a estação — às vezes jovem como uma flor recém-aberta, às vezes madura como uma mãe fecunda, ou então idosa como uma árvore cujos galhos já cantaram todos os verões. Todos os anos ela morre, e todos os anos ela retorna. E em sua vinda ou partida, os mortais celebram o dom da continuidade.

🌾 Culto e Rituais

O culto a Therysia é vasto e profundamente enraizado entre os povos agrários de Valiord e Arkadia. Em cada virada de estação, celebra-se o Banquete das Quatro Cores, no qual cada alimento oferecido deve conter uma cor representando uma fase do ano: verde para a primavera, dourado para o verão, vermelho para o outono e branco para o inverno.

Esses banquetes são comunitários, realizados em praças, campos ou pomares abençoados. Antes do primeiro prato, sacerdotes e druidas caminham em círculos ao redor de um Altar de Madeira Viva, depositando sementes, espigas e frutas, entoando a Canção da Roda — um cântico antigo transmitido por linhagens de curandeiras e cantores do campo.

Durante o solstício de inverno, os devotos realizam o Velar das Estações: uma noite de vigília sob o céu, ao redor de fogueiras, onde recontam as lendas de Therysia em cada forma — como donzela da Primavera, rainha do Verão, mãe do Outono e anciã do Inverno.

🧶 Mística e Símbolos

O símbolo mais venerado de Therysia é o tear multicolorido, tecido uma vez por ano pelas sacerdotisas do templo e pendurado nas praças e torres das vilas. Cada fio representa um dia do ciclo anual, e o entrelaçar de suas cores ensina a aceitação da mudança e o acolhimento das transições da vida.

Outros objetos sagrados incluem o Cajado do Equinócio — um bastão entalhado com folhas das quatro estações, usado em ritos de fertilidade — e as Mandalas de Terra, desenhos circulares traçados no chão com sementes, cinzas e pigmentos naturais, usados para abençoar as plantações e curar os males do corpo e do solo.

🌱 Veneráveis e Ordens

Dentre os servos mais respeitados de Therysia estão os Druidas do Rito Anual, que se deslocam entre as comunidades levando o Tempo Rito — uma cerimônia que reintegra a vila ao ciclo natural, promovendo purificação e equilíbrio.

Existem ainda as Tecedeiras da Estação, mulheres que passam a vida confeccionando mantos cerimoniais com os fios das folhas secas, algodões sazonais e pigmentos colhidos em cada lua cheia. Suas roupas são usadas apenas pelos mais antigos clérigos, e dizem que cantar nelas transforma a voz em brisa fértil.

Por fim, os Guardiões do Fogo Tardio são camponeses devotos treinados para manter a fé viva em tempos de seca ou escassez. Seus rituais em campos devastados já trouxeram chuvas repentinas e safras inesperadas, segundo os crentes.

🍁 Antecedentes

Os seguidores de Therysia são Altruístas, Humildes e Sábios. Enxergam nas estações um reflexo da alma humana: o nascimento, o ápice, a queda e o repouso. Seus clérigos sabem esperar, colher, dividir. São pastores do tempo, jardineiros do destino.

Costumam portar bastões pastorais, foices cerimoniais ou lanças de madeira viva, simbolizando a colheita e a proteção da terra. Usam armaduras leves ou túnicas reforçadas com fibras vegetais, e escudos redondos pintados com os quatro símbolos da estação. Muitos carregam sementes presas em amuletos, e quando morrem, são enterrados com elas — para que floresçam novamente.

🏞️ Reinos de Influência




🌬️ Caerwyn, Senhor dos Ventos Livres

Símbolo de Caerwyn

Caerwyn não se deixa conter — nem por muralhas, nem por dogmas, nem por templos de pedra. Senhor dos Ventos Livres, ele cavalga as correntes aéreas, sussurrando aos veleiros que cruzam os mares de Lumezia e aos pastores que vigiam os altos picos de Hröshgard. Sua voz não ecoa em salmos, mas em assobios entre rochedos, no rufar das velas tensionadas e no bater das asas contra o firmamento.

Dizem que nasceu do primeiro sopro do mundo, quando a terra ainda boiava em mares de nuvem, e que Caerwyn moldou o céu com seus dedos invisíveis, espalhando correntes, redemoinhos e ventanias como quem semeia canções. É o mais indomado dos deuses, mas também o mais generoso — desde que se aprenda a escutá-lo nas entrelinhas do vento.

🌪️ Culto e Rituais

O culto a Caerwyn é informal, mas profundamente sentido. Nas falésias altas de Lumezia, bardos e marinheiros reúnem-se ao amanhecer para o Rito da Asa Solta, onde tocam flautas de bambu e deixam fitas voarem ao sabor do vento, ofertando melodias e liberdade ao deus errante.

Antes de zarpar, capitães gravam runas de proteção nas velas e amarram plumas de falcão no topo dos mastros. Acredita-se que, se o vento soprar nelas ao entoar o Cântico de Bordo, a embarcação será abençoada com travessia segura. Quando uma tempestade se aproxima, marinheiros batem tambores de pele esticada e recitam o Verso de Espuma e Céu, suplicando que Caerwyn os guie entre os trovões sem serem tocados.

Nos passos gelados de Hröshgard, caçadores e andarilhos erguem pequenas torres de pedra em forma de espiral nos vales, chamadas Torres do Sopro. Ao deixarem oferendas de penas e assovios entre as pedras, esperam atrair ventos favoráveis ou dispersar nevascas traiçoeiras.

🕊️ Mística e Símbolos

O símbolo sagrado de Caerwyn é a espiral de vento entalhada em uma pena curvada. Esse ícone aparece gravado nas proas dos navios e nos bastões dos bardos peregrinos. Diz-se que um verdadeiro devoto consegue soprar em uma pena marcada com esse símbolo e fazer com que ela voe contra o vento.

Outros itens consagrados incluem o Silvo do Horizonte — uma flauta feita da tíbia de uma ave sagrada, capaz de convocar uma brisa mesmo no ar mais estagnado — e os Braceletes de Cordilina, usados por navegadores como proteção mágica, pois acreditam que impedem o afogamento e indicam o rumo perdido.

🎶 Veneráveis e Ordens

Os mais conhecidos servos de Caerwyn são os Bardos dos Ventos, trovadores itinerantes que caminham de porto em porto compondo canções que acalmam tempestades ou animam corações enlutados. Dizem que suas melodias jamais se repetem da mesma forma — pois mudam com o sopro que os acompanha.

Outros são os Vigilantes das Falésias, sentinelas solitários que vivem em torres à beira do abismo, registrando o movimento dos ventos em sinos e bandeiras. Seus diários de brisa são consultados por navegadores e generais, pois Caerwyn é também deus das escolhas: quem entende o vento, entende a hora de agir ou recuar.

Por fim, há os Filhos do Céu Errante, monges nômades que seguem ventos por intuição, jamais dormindo duas noites no mesmo lugar. Vestem mantos leves que tremulam como velas e dizem que, ao morrerem, seus corpos se tornam bruma que cavalga as montanhas.

💨 Antecedentes

Os clérigos e devotos de Caerwyn são, em essência, Corajosos, Determinado e Altruístas. Acreditam que liberdade é sagrada, mas que o dom de guiar também é um fardo a ser levado com compaixão. São portadores de decisões súbitas, mudanças inevitáveis e da sabedoria do instante certo.

Usam armas leves, como lanças de viagem, bastões entalhados, espadas curtas ou adagas de ar. Preferem armaduras leves ou de couro endurecido, permitindo agilidade nas tempestades. Escudos em formato de asa ou redondos são decorados com padrões em espiral.

Frequentemente carregam sinos, penas e pedaços de seda pendurados no cinturão, que assoviam ao vento quando correm. Acreditam que cada som revelado é uma resposta de Caerwyn — mesmo que ninguém mais o ouça.

🌊 Reinos de Influência




🌊 Nimwë, Senhora das Águas Silenciosas

Símbolo de Nimwë

Nos espelhos tranquilos dos lagos élficos, onde nem mesmo o vento ousa romper o silêncio sagrado, habita a presença de Nimwë, a Senhora das Águas Silenciosas. Deusa ancestral dos elfos de Sylvannis e guardiã dos santuários submersos de Galathiel, Nimwë é evocada em sussurros, como se seu nome fluísse junto às correntes ocultas. É dita filha das primeiras chuvas e irmã das fontes eternas — seu olhar reflete segredos, e sua voz ecoa apenas nas águas mais profundas.

💧 Culto e Rituais

O culto à Nimwë é reservado àqueles que sabem escutar mais do que falar. Os ritos começam antes mesmo do amanhecer, quando as brumas ainda repousam sobre os espelhos d’água. No Ritual do Espelho d’Água, sacerdotisas e sacerdotes caminham em silêncio até a margem do lago consagrado, vestindo túnicas fluidas tingidas com azul-marinho, prata e cinza-pérola. Ali, entoam cânticos aquáticos em línguas arcanas esquecidas, cuja cadência imita o fluir das marés internas do mundo.

O centro do ritual consiste em lançar ao lago pedras translúcidas — lapidadas em forma de gota — feitas de vidro encantado ou cristal lunar. Ao tocarem a água, cada pedra revela, por meio de reflexos e ondulações, visões de possibilidades futuras, memórias há muito afundadas ou mensagens da própria deusa. A interpretação dessas visões cabe aos Oráculos do Vento Submerso, iniciados que se preparam por anos para ler as correntes e os reflexos dançantes.

Em ocasiões raras, os mais devotos entram nas águas em busca da “Fonte do Nome Perdido” — um ponto sagrado onde Nimwë, diz a lenda, sussurra o verdadeiro nome de cada alma. Muitos não retornam, ou retornam mudados, como se suas peles guardassem uma sabedoria líquida impossível de conter.

🪣 Mística e Símbolos

O símbolo mais sagrado de Nimwë é o cântaro de cerâmica azul, pintado com espirais de prata, usado para recolher a água das fontes vivas. Diz-se que um cântaro consagrado jamais se quebra, mesmo se atirado ao chão — pois guarda dentro de si a bênção da permanência.

Seus templos não possuem muros nem teto: são lagoas e poços ocultos no coração das florestas ou nas cavernas das montanhas. Neles, o silêncio é mantido como voto, e todo passo deve ser acompanhado por reverência. As pedras ao redor são talhadas com versos submersos, runas líquidas que só podem ser lidas sob a luz da lua cheia refletida nas águas.

Instrumentos consagrados incluem harpas de cristal d’água, que só emitem som ao contato com gotas, e os Espelhos de Bruma, espelhos de obsidiana que se tornam translúcidos ao mergulhar na água certa, revelando segredos há muito selados.

🔮 Veneráveis e Ordens

Entre os veneráveis de Nimwë estão os Oráculos do Abismo Silente, elfos que vivem em reclusão nas margens do Lago Alaraël, no coração de Sylvannis. Vivem em meditação quase permanente, observando as águas até que a deusa fale — e quando fala, suas palavras podem mudar o destino de reis e reinos.

As Guardãs das Fontes — ordem de sacerdotisas errantes — viajam entre vilas e tribos oferecendo curas com águas encantadas por Nimwë. Elas carregam cântaros sagrados selados com cera lunar e não falam durante suas jornadas, apenas sorriem e distribuem bênçãos líquidas, que aliviam tanto febres quanto mágoas do coração.

Em Galathiel, algumas Bailarinas das Marés ainda dançam nas clareiras aquáticas durante os equinócios, invocando chuvas ou acalmando enchentes com sua arte ancestral, aprendida nas águas da infância.

🌿 Antecedentes

Os seguidores de Nimwë são Sábios, Altruístas e Humildes. Veneram o silêncio como expressão de sabedoria e a fluidez como sinal de força. Não buscam confrontos, mas também não hesitam em proteger os santuários da deusa contra o profano.

Clérigos de Nimwë portam bastões entalhados com espirais aquáticas ou tridentes cerimoniais de madeira da margem dos lagos consagrados. Suas vestes são longas e translúcidas como a névoa da manhã, e suas armaduras, leves como escamas de peixe encantado. Escudos circulares de prata fosca são usados por algumas ordens, representando a lua refletida na água — símbolo de proteção e intuição.

🏞️ Reinos de Influência




⚔️ Deuses da Guerra e Conflito

⛏️ Khaldros, O Martelo Vermelho

Símbolo de Khaldros

Nos abismos trovejantes das Montanhas de Durandram, onde os salões anões ecoam com o fragor da bigorna desde os tempos antes da Lua, habita o culto de Khaldros, o Martelo Vermelho — Forjador da Guerra, Pai do Fogo e Senhor da Luta Justa. Sua chama é alimentada pelo suor dos ferreiros e pelo sangue dos que caem em combate com honra.

🔥 Culto e Rituais

Em câmaras subterrâneas adornadas com pilares de ferro escarlate, os devotos entoam o Canto dos Sete Martelos, uma melodia gutural transmitida de clã em clã, acompanhada do compasso ritmado dos malhos sagrados sobre a bigorna. Cada batida representa uma virtude de guerra: coragem, lealdade, força, honra, perseverança, sabedoria e sacrifício.

O martelo cerimonial de Khaldros, chamado Rûm’Khazad, é tocado ao início de cada duelo de clãs. Aqueles que lutam sob sua benção jamais recuam. Em festas solenes, os anciãos forjam pequenas lâminas votivas gravadas com runas de bravura, que são lançadas em rios de lava como oferenda à divindade.

Entre os gladiadores humanos de Arkadia e os guerreiros errantes de Valiord, o culto se manifesta em arenas abertas. Ali, no centro de coliseus esculpidos em pedra de guerra, os devotos traçam com giz vermelho as marcas do duelo ritual, entoando versos antigos e oferecendo gotas de sangue antes de cada combate.

⚒️ Mística e Símbolos

O símbolo sagrado de Khaldros é o martelo de guerra entre chamas cruzadas, forjado nas primeiras brasas do mundo. Muitos o carregam ao peito em medalhões de ferro vivo, temperados nas forjas de Durandram e abençoados com a cinza do fogo ancestral.

As armas consagradas ao deus — espadas largas, martelos de duas mãos e machados cerimoniais — recebem inscrições rúnicas que “cantam” ao serem empunhadas em batalha. O som que produzem não é ouvido, mas sentido no peito: uma vibração grave que inspira aliados e atemoriza inimigos.

Altares a Khaldros são simples e brutos: blocos de pedra onde repousa cinza quente e ferramentas de guerra. Em vez de incenso, queima-se carvão e os ossos dos grandes feras caçadas. Diz-se que, onde o fogo arde com mais vigor, ali a presença do Martelo se faz mais próxima.

🛡️ Veneráveis e Ordens

Os Clãs de Sangue Fundido, formados por anões das casas mais antigas de Durandram, dedicam toda sua vida ao culto bélico de Khaldros. Cada membro deve forjar a própria arma e honrá-la com vitória, ou refundi-la em penitência. Eles vivem segundo os Códigos de Ferro: leis de combate que regulam duelos, tréguas e alianças.

Na superfície, em Arkadia, os Guardas da Forja Ardente mantêm a chama de Khaldros acesa em templos militares. São responsáveis por treinar gladiadores devotos, abençoar armamentos reais e liderar liturgias em campos de batalha. Vestem armaduras tingidas com carvão e carregam sobre os ombros faixas vermelhas bordadas com brasas rúnicas.

Alguns sacerdotes mais reservados, conhecidos como Vigilantes da Cinza, percorrem os campos de batalha após o combate, coletando os nomes dos mortos e ofertando suas memórias ao deus em cânticos junto às fornalhas sagradas.

🔨 Antecedentes

Os devotos de Khaldros são Corajosos, Leais e Determinados. Valorizam a honra acima da vitória e jamais viram as costas a um irmão de juramento. Em batalha, lutam não por glória, mas por equilíbrio: acreditam que a guerra deve existir para restaurar a ordem entre os homens e punir a arrogância dos tiranos.

Portam martelos de guerra ou machados pesados como armas de devoção. Alguns usam espadas curtas com empunhadura dupla, esculpidas com a runa do trovão. Suas armaduras são de placas segmentadas ou couro envernizado com cinzas, e sempre levam escudos largos de ferro cru — símbolo de contenção e resiliência.

Sobre os ombros, uma capa de lã escura, presa com broches de bronze forjado. Os mais veteranos pintam o rosto com fuligem antes dos rituais, em sinal de respeito ao fogo sagrado. Lutam de frente, morrem de frente — e não deixam o campo sem levar honra ou vingança.

🏔️ Reinos de Influência




⚔️ Avelora, Dama das Lâminas

Símbolo de Avelora

Onde quer que o aço reluza sob o sol e os pés de guerreiras ressoem em mármore polido, o nome de Avelora é sussurrado com reverência e temor. Chamada de Dama das Lâminas, Flor de Aço e Guardiã da Forma Perfeita, ela é tanto patrona das duelistas quanto protetora da honra marcial. Seu culto floresce em reinos onde o refinamento da espada se torna arte — e onde cada movimento letal é também um passo de dança ritual.

🌹 Culto e Rituais

O culto a Avelora se manifesta em cerimônias que unem beleza e disciplina, começando com a sagrada Marcha da Flor de Aço: uma procissão de cavaleiros e espadachinas vestindo mantos de seda escarlate e portando lâminas nuas em punhos. Essa marcha ocorre ao som de flautas de prata e sinos de cristal, enquanto os participantes traçam coreografias de combate em reverência à deusa.

Os fiéis dedicam-se ao Rito da Lâmina Silente, um treino meditativo realizado em jardins de pedra ao amanhecer. Ali, passos e cortes são executados com precisão ritual, sem uma palavra dita, para que cada golpe carregue o peso da intenção e da elegância. Em torneios devocionais, chamadas Provas da Rosa Ígnea, os combatentes duelam até o primeiro sangue, depositando gotas sobre pétalas de rosa em altares consagrados.

⚔️ Mística e Símbolos

O símbolo de Avelora é uma espada longa envolta por uma fita de seda em espiral ascendente, representando a harmonia entre força e delicadeza, entre o corte e o gesto. Fitais de seda vermelha, abençoados em templos da deusa, são amarrados aos punhos dos devotos — cada um absorvendo o sangue derramado em nome da honra, tornando-se relíquia viva de batalhas passadas.

Altares dedicados à deusa geralmente incluem lâminas ritualísticas banhadas em prata estelar, que ressoam suavemente ao serem desembainhadas. Alguns dizem que essas armas cantam ao vento, escolhendo seus donos com base na pureza de suas intenções.

🩸 Veneráveis e Ordens

Os Espadachins do Véu Carmesim são os mais devotos seguidores de Avelora: guerreiras e guerreiros que combinam arte marcial refinada com danças cerimoniais, em duelos que mais parecem coreografias místicas. Eles treinam por anos em academias silenciosas, onde cada passo e cada respiração é controlado como parte de um cântico oculto.

As Donzelas de Aço, uma ordem exclusivamente feminina, atuam como árbitras sagradas em disputas de honra entre nobres. Sua presença em um duelo consagra o combate, e sua palavra final tem peso de sentença divina.

Clérigos da deusa empunham espadas finas, como rapières ou gládios cerimoniais, e preferem armaduras leves que permitam liberdade de movimento. Seus escudos são pequenos, decorados com espirais rubras, usados mais para o equilíbrio visual do combate do que para proteção real.

🌕 Antecedentes

Os devotos de Avelora são Honrados, Corajosos e Determinados. Vivem por um código de duelo e respeito mútuo, onde força sem controle é apenas brutalidade. Utilizam espadas curtas e longas, muitas vezes utilizam duas espadas curtas em combate, além de armaduras leves de couro envolta de capaz com símbolos da Deusa. Seus caminhos exigem precisão, autocontrole e um espírito indomável, sempre buscando a perfeição no gesto e no combate.

Mesmo fora das arenas, esses clérigos conduzem pactos, mediam conflitos e ensinam técnicas de combate cerimonial. Onde há conflito, lá estão eles — não para destruí-lo, mas para guiá-lo em direção à beleza e à honra.

🏛️ Reinos de Influência




⚔️ Drakar, O Rugido do Campo de Batalha

Símbolo de Drakar

Antes que o primeiro trovão ecoasse sobre as montanhas de Valiord, quando as tribos ainda eram apenas sussurros no vento selvagem, já se ouvia o nome de Drakar rugindo nas tempestades do norte. Chamado de O Rugido do Campo de Batalha, Drakar não é adorado com cânticos suaves ou oferendas refinadas — seu culto é gritado, urrado, escrito com suor, sangue e aço retorcido. Ele é o deus da fúria sagrada, da coragem que arde no peito e do frenesi que guia os braços no meio do combate.

🪓 Culto e Rituais

Os devotos de Drakar, conhecidos como Clamantes do Sangue, se reúnem ao redor de totens esculpidos em madeira bruta ou ossos de grandes feras. Antes de toda batalha, realizam o Clamor do Rugido, um canto primal entoado em uníssono enquanto derramam hidromel sobre os totens, manchando-os com vinho e sangue.

Nos dias sagrados, guerreiros se submetem ao Rito da Pele Ardente, onde tatuagens são gravadas na carne com sangue de dragão misturado a tintas sagradas — marcas que vibram de calor quando o combate se aproxima, inflamando o espírito de seus portadores.

Ao cair da noite, os berserkers entoam o Uivo do Lobo Guerreiro nas colinas, acreditando que seus ecos despertam Drakar das profundezas do grito universal, convocando sua presença para os campos onde a morte e a glória caminham lado a lado.

🔥 Mística e Símbolos

O símbolo sagrado de Drakar é a lâmina em chamas, atravessada por duas presas de fera, representando o instinto e a destruição unidos pelo fio da guerra. Totens e escudos dos devotos são esculpidos com esse emblema, e guerreiros veteranos o tatuam sobre o coração.

Crê-se que suas tatuagens de sangue de dragão não apenas inflam o espírito do guerreiro, mas também ecoam a vontade do deus — algumas pulsando com calor, outras ardendo em chamas vivas nos momentos de grande raiva ou desespero.

Em batalhas tribais, os estandartes de Drakar são rasgados de propósito: uma bandeira despedaçada representa a recusa em recuar e a promessa de ruína ao inimigo.

🛡️ Veneráveis e Ordens

Entre os mais temidos servos de Drakar estão os Rugidores Escarlates, berserkers de elite que lutam nus da cintura para cima, cobertos apenas por peles de fera e tinta ritual. Seu treinamento envolve o Teste da Lâmina Violeta, uma prova brutal onde enfrentam um companheiro em combate ritual até que o sangue tinja o chão sagrado.

Os Guardas do Trovão, outra ordem de guerreiros consagrados, portam machados de duas mãos embebidos em fogo cerimonial. Dizem que seus gritos em batalha podem abalar muralhas, pois carregam a bênção da voz de Drakar.

Em templos rústicos, sacerdotes-guerreiros conduzem jovens guerreiros a visões em meio a vapores de ervas ardentes, onde enfrentam seus próprios medos em batalhas oníricas contra bestas de sombra e memórias sangrentas.

⚔️ Antecedentes

Os servos de Drakar são quase sempre Corajosos, Determinado e Orgulhosos. Suas convicções não nascem de dogmas escritos, mas da experiência crua do campo de batalha. Para eles, a honra está na luta justa, o valor está na persistência, e a glória está em cair com a arma na mão.

Clérigos de Drakar empunham machados pesados, espadas largas ou martelos tribais, muitas vezes envoltos em couro e ferro bruto. Suas armaduras são reforçadas por peles e ossos de inimigos vencidos, e embora não usem escudos com frequência, alguns carregam escudos redondos de guerra gravados com runas de proteção.

Ao invés de capas ou túnicas, vestem mantos esvoaçantes de linho grosso, tingidos em carmim, negro ou bronze — as cores do sangue, da terra e do trovão. Na testa, muitos usam fitas encantadas que canalizam a fúria divina em batalha. Chamam-se a si mesmos de Vozes do Rugido, pois cada golpe desferido é, para eles, um verso da oração de Drakar.

🏔️ Reinos de Influência




⚖️ Tharnak, Juiz das Lanças

Símbolo de Tharnak

Nos confins gelados de Hröshgard, onde a neve cai como sentenças do céu e o silêncio pesa mais que o aço, ergue-se o culto de Tharnak, Juiz das Lanças — divindade severa e inquebrantável, patrono dos julgamentos honrados e da justiça inflexível. É dito que ele não fala, mas que toda lança em riste, lançada em nome da verdade, fala por ele.

⚔️ Culto e Rituais

O culto de Tharnak não se dá em templos opulentos, mas em arenas abertas ao frio cortante. Nas geleiras de Hröshgard, magistrados sagrados conhecidos como Justiciais da Lança conduzem o Julgamento da Lança: um rito de resolução de disputas, onde o embate físico não é apenas permitido, mas sagrado. Cada combate segue leis estritas, e a lança usada é consagrada antes do duelo — mergulhada em água glacial e marcada com runas de equidade.

Durante o julgamento, os espectadores mantêm silêncio absoluto. As palavras foram ditas antes — no momento da acusação e da defesa —, agora resta à lança traçar a verdade com o próprio sangue, se necessário. Os árbitros portam mantos brancos costurados com fios de prata e empunham lanças cerimoniais feitas com gelo eterno, que jamais derretem, mesmo sob as labaredas da forja.

Em Lumezia, o culto assumiu feições marítimas: os duelos ocorrem sobre plataformas flutuantes, onde as lanças são feitas de corais petrificados. Em Arkadia, conselhos de guerra por vezes recorrem aos sacerdotes de Tharnak para julgar desertores, traidores ou disputas entre casas nobres.

🧊 Mística e Símbolos

O símbolo sagrado de Tharnak é a lança vertical cravada em um bloco de gelo cristalino, envolta por dois anéis que simbolizam o julgamento e a imparcialidade. Esse ícone aparece entalhado em pedras de fronteira, em pergaminhos legais e nos escudos dos magistrados guerreiros.

Dizem que as Lanças de Gelo Eterno, quando empunhadas por sacerdotes puros de coração, jamais se quebram — e que se uma delas partir, é sinal de que a justiça foi pervertida. Algumas dessas lanças são passadas de geração em geração, selando pactos e leis ancestrais.

🏛️ Veneráveis e Ordens

Os Árbitros da Geada são os devotos mais consagrados de Tharnak. Cobertos por mantos brancos e ornados com capuzes cinzentos, eles atuam como juízes errantes nas regiões fronteiriças de Hröshgard e Lumezia, onde as leis dos reinos vacilam. Suas palavras são poucas, suas decisões, irrevogáveis.

Já os Guardiões do Juramento treinam nas Escolas da Lança Votiva, onde aprendem a discernir a verdade no silêncio dos gestos e no peso do olhar. Diz-se que nenhum perjúrio passa despercebido por um Guardião treinado.

Em Arkadia, alguns Guardiões do Senado prestam votos duplos: às leis do reino e à justiça de Tharnak. Quando as duas entram em conflito, sua lealdade à lança prevalece.

⚖️ Antecedentes

Os devotos de Tharnak são Leais, Justos e Determinados. Jamais quebram uma promessa selada sob o olhar da lança. Seu senso de justiça é severo como o inverno de Hröshgard, mas equilibrado como a balança das estrelas.

Clérigos de Tharnak empunham principalmente lanças longas ou alabardas de gelo consagrado. Não usam armas cortantes: acreditam que a lâmina distorce a decisão da lei, ao passo que a estocada é direta como a verdade. Suas armaduras são de couro escuro reforçado com placas de gelo encantado, e seus escudos são circulares, pintados com a insígnia da justiça inquebrantável.

Ao caminhar, carregam tábuas de julgamento, pergaminhos de condenação e sinos que tocam apenas em três momentos: ao anunciar a disputa, ao selar o veredito e ao enterrar os mortos.

🏔️ Reinos de Influência




📚 Elyandor, Sábio das Sete Chamas

Símbolo de Elyandor

Quando os primeiros sinais da civilização surgiram entre os homens e gnomos de Eldoria, foi o nome de Elyandor que apareceu gravado em pedras rúnicas e sussurrado em círculos de fogo ritual. Conhecido como o Sábio das Sete Chamas, este deus antigo domina os segredos ocultos da magia primordial, as leis que regem o mundo invisível e o poder transformador do conhecimento bem empregado.

🔥 Culto e Rituais

O culto a Elyandor é conduzido por arcanistas, magos e alquimistas, quase sempre em câmaras circulares ocultas em bibliotecas antigas, torres de cristal ou subterrâneos encantados. O ritual mais sagrado é o Círculo das Sete Chamas, em que sete velas — cada uma representando uma virtude do saber (memória, razão, intuição, linguagem, cálculo, experimentação e contemplação) — são acesas em torno de um tomo ancestral.

Durante o rito, um mago deve ler em voz alta um texto sagrado de Elyandor, enquanto os outros conjuradores sustentam as chamas com feitiços de estabilidade. O sucesso do ritual gera Runas Etéreas — símbolos flutuantes de luz — que pairam no ar por algumas horas, servindo como portais breves de acesso ao pensamento cósmico.

É também costume dos iniciados consagrar seus grimórios mergulhando-os em um fogo sagrado que não os consome, mas os torna mágicos, visíveis apenas aos olhos de quem possui a centelha do deus.

📖 Mística e Símbolos

O símbolo de Elyandor é o candelabro de sete braços, cada qual com uma chama encantada de cor distinta. Esses candelabros adornam os salões do saber em Valiord e Glimbral, e é tradição que nenhum estudante profira um feitiço sem acender primeiro ao menos uma dessas chamas.

Pergaminhos escritos sob a luz dessas velas adquirem propriedades mágicas — como invulnerabilidade ao fogo ou a capacidade de revelar textos ocultos. Há também relíquias raríssimas chamadas Plumas do Elo Eterno, penas negras que escrevem sozinhas quando deixadas sobre papel em branco e sopram levemente, como se inspiradas por uma mente invisível.

🧪 Veneráveis e Ordens

Entre os devotos mais respeitados de Elyandor estão os Custódios da Chama, magos-arquivistas que dedicam a vida à preservação de manuscritos esquecidos. Alguns se tornam verdadeiros guardiões de saberes proibidos, selando livros com encantamentos e jurando mantê-los trancados por gerações.

Nas torres alquímicas, os Filhos da Cinza manipulam fórmulas instáveis em busca do elixir da memória eterna. Acredita-se que Elyandor concede visões do passado e do futuro àqueles que descobrem a fórmula perfeita, mas jamais em sequência: seus videntes devem montar o quebra-cabeça das eras com paciência de uma vida inteira.

Em algumas escolas secretas, especialmente em Glimbral, existem os Oradores da Chama, feiticeiros que falam através do fogo. Seus discursos proféticos são escutados em chamas ardentes, como se a própria essência do saber ardesse em cada sílaba pronunciada.

📜 Antecedentes

Clérigos e magos de Elyandor são tradicionalmente Sábios, Inteligentes e Determinados. Buscam a iluminação não como fuga do mundo, mas como forma de compreendê-lo em sua essência. São arquitetos de bibliotecas, tradutores de linguagens perdidas, e caminham entre reis e mendigos com o mesmo respeito pelo valor da palavra escrita.

Empunham cajados rúnicos, adagas cerimoniais ou espadas de prata encantadas com inscrições mágicas. Suas vestes são túnicas longas com bordados em forma de chamas ou olhos estilizados, e em combate, embora não usem armaduras completas, protegem-se com escudos arcanos e encantamentos defensivos que revestem seus corpos com luz dourada ou brasas flutuantes.

🏛️ Reinos de Influência




📜 Myrellis, Guardiã das Memórias Perdidas

Símbolo de Myrellis

Quando o tempo esquece, Myrellis lembra. Chamam-na de Guardião do Eco Primevo, Senhora das Lágrimas Gravadas e Memória Viva da Terra. Seu sussurro atravessa séculos, ressoando por entre as colunas quebradas de palácios soterrados e nas palavras não ditas de livros devorados pelo tempo. Dizem que, onde uma história se perdeu, lá dorme Myrellis — e pode despertar, se chamada com reverência e verdade.

🕯️ Culto e Rituais

O culto à Myrellis não floresce em templos vivos, mas repousa em ruínas. Seus fiéis são andarilhos da lembrança: arqueólogos, bardos, eruditos, espíritos inquietos que buscam não o que virá, mas o que já foi. Em lugares esquecidos pelo mundo, erguem pequenos santuários: o Altar do Eco — uma pedra lisa cercada por musgo e silêncio, onde gravam em runas antigas nomes de pessoas e eventos extintos.

Durante o Rito do Retorno, esses fiéis se reúnem ao pôr do sol, cada um portando um objeto antigo — uma taça quebrada, uma página queimada, um relicário sem dono. Em uníssono, sussurram histórias perdidas sobre esses itens e, ao final, enterram-nos no altar. Crê-se que Myrellis coleta essas memórias e as costura no tecido do mundo, preservando-as além do esquecimento.

Nas noites de lua nova, realizam o Cântico do Silêncio Refeito, onde bardos entoam músicas compostas a partir de fragmentos de lendas e cânticos incompletos, preenchendo com arte os espaços que o tempo não perdoou. Acredita-se que tais composições curam feridas da alma e restauram âncoras da identidade.

🔮 Mística e Símbolos

O símbolo sagrado de Myrellis é o espelho de pedra antiga, cujas bordas são gravadas com histórias que apenas os sábios sabem ler. Diz-se que quem contempla sua superfície polida vê não seu próprio reflexo, mas o de alguém que viveu há muito e cujos passos ecoam até hoje. Os mais devotos acreditam que esses espelhos retêm fragmentos de memória ancestral — lembranças que, se reveladas no momento certo, podem mudar o curso de um destino.

Outros símbolos menores incluem o Fragmento do Nome — uma lasca de pergaminho consagrada com tinta violeta, onde escreve-se a palavra mais antiga que se lembra — e a Ampulheta Invertida, cujos grãos sobem em vez de descer, como uma alusão ao retorno das eras.

🎼 Veneráveis e Ordens

Entre os mais reverenciados estão os Bardos do Esquecimento, trovadores que viajam entre reinos em busca de lendas incompletas, fragmentos de melodias e canções que cessaram antes do último verso. Vestem-se com mantos bordados com símbolos de eras passadas e entoam cânticos que, segundo se diz, fazem com que os anciãos chorem e as crianças se lembrem de sonhos que ainda não viveram.

Há também os Arquivistas Errantes, escribas e historiadores que dedicam a vida a catalogar não o que está vivo, mas o que morreu: culturas extintas, línguas esquecidas, rituais proibidos. Cada cidade que visitam recebe um pequeno obelisco gravado com a história de seu povo, como um farol contra o esquecimento.

Em Galathiel e Brumasuave, algumas ordens secretas zelam por livros que não podem ser lidos — textos selados por magias de silêncio eterno, cuja leitura só será possível “quando o mundo estiver pronto para recordar”.

📜 Antecedentes

Os clérigos de Myrellis são Sábios, Humildes e Fieis. São guiados pela reverência à história e pela certeza de que o tempo, por mais impiedoso, não apaga o que é realmente verdadeiro. São portadores de vozes que já não falam, escudeiros de causas que já tombaram, restauradores do que parecia perdido.

Empunham cajados entalhados com datas e nomes esquecidos, adagas rituais feitas de pedra do tempo, e escudos pequenos onde gravam memórias como brasões. Suas vestes são cerimoniais: túnicas acinzentadas adornadas por insígnias de tempos remotos. Em batalha, lançam preces que invocam imagens do passado como projeções de sabedoria — ecos armados que confundem o inimigo e fortalecem os aliados.

🏛️ Reinos de Influência




📜 Voralen, A Voz do Livro Eterno

Símbolo de Voralen

Quando os primeiros escribas inscreveram palavras na argila, e o som da fala humana ousou perdurar além do sopro do instante, Voralen já observava, silencioso, das dobras do tempo. Chamado de a Voz do Livro Eterno, é ele o patrono das leis imutáveis, das palavras que moldam o mundo e dos decretos que resistem à erosão dos séculos.

📖 Culto e Rituais

O culto a Voralen é praticado por escribas, juristas, oradores e mestres do saber, quase sempre em silêncio reverente. Seus templos não são adornados por ouro ou incenso, mas por bibliotecas monumentais, cujos corredores ecoam passos leves e sussurros cerimoniais.

No centro de cada templo ergue-se o Altar da Palavra Viva, um púlpito de mármore branco sobre o qual repousa o Tombo das Sentenças — um livro encantado que registra sozinho cada decreto selado com o Selo da Palavra, um ritual em que tinta de luar é aplicada com plumas mágicas sobre pergaminhos consagrados.

Esses rituais ocorrem sempre à meia-noite, hora em que, dizem os devotos, as vozes do passado se curvam para ouvir a renovação da ordem. Aquele que inscreve sua sentença nesse momento compromete-se a obedecê-la até o fim da vida — e além, se Voralen assim desejar.

📚 Mística e Símbolos

O símbolo de Voralen é a pluma encantada sobre um tomo aberto de prata. Diz-se que as plumas consagradas por seus sacerdotes têm vontade própria, e que somente escrevem verdades. Quando alguém tenta mentir diante de uma dessas plumas, ela se ergue e cai inerte, recusando-se a registrar a falsidade.

Outro artefato sagrado é o Capítulo Inacessível, uma lenda entre estudiosos. Reza-se que em algum lugar de Eldoria há um tomo encadernado em pele de dragão branco que contém as Leis do Início — palavras ditas por Voralen antes da criação do mundo. Aquele que as ler em voz alta pode, segundo o mito, alterar os próprios alicerces da realidade.

Altares dedicados a Voralen são revestidos de jade ou prata, e sobre eles repousam manuscritos vivos: pergaminhos cujas letras fluem como correntezas lentas, mudando à medida que novos entendimentos são revelados.

📜 Veneráveis e Ordens

Os mais devotados servos de Voralen são os Arcontes da Palavra, juristas sagrados que se vestem com túnicas de linho cinza e portam bastões de obsidiana marcados com cláusulas rúnicas. Eles atuam como juízes e mediadores entre reinos, resolvendo disputas com base em cânones ancestrais.

Existem também os Oradores de Prata, clérigos que falam em nome da divindade nas grandes assembleias, capazes de encantar a verdade nos corações por meio da entonação precisa de leis antigas. Suas vozes são treinadas desde a infância para carregar autoridade sem elevar o volume.

Nas cidades eruditas, destacam-se os Guardião das Sentenças, monges-arquivistas encarregados de copiar, preservar e interpretar os textos sagrados de Voralen. Muitos deles vivem reclusos, lendo os ventos da história nas entrelinhas do tempo.

📘 Antecedentes

Os clérigos de Voralen são quase sempre Leais, Justos e Sábios. Vivem não apenas para ensinar, mas para preservar a palavra sagrada como ponte entre as eras. Raramente empunham armas comuns, mas quando o fazem, preferem lanças curtas cerimoniais, cajados de juízo e martelos leves com inscrições rúnicas.

Usam armaduras leves ou túnicas reforçadas, e sempre portam escudos pequenos com inscrições vivas, que mudam conforme o julgamento que defendem. Suas vestes trazem bordados em prata com excertos de leis esquecidas — e suas vozes, diz-se, podem selar pactos tão firmes quanto qualquer feitiço.

🏛️ Reinos de Influência




🌌 Isarion, Contador das Estrelas

Símbolo de Isarion

Desde o primeiro crepitar da luz nas abóbadas do firmamento, há quem diga que uma mente vigia o curso das estrelas com olhos de prata eterna. Isarion, o Contador das Estrelas, é o patrono dos navegantes celestes, dos cronistas do céu e dos que veem o destino não em folhas de oráculo, mas nas órbitas dos astros. Ele é o silente companheiro das vigílias noturnas, o que traça linhas invisíveis entre constelações e sussurra segredos entre as névoas do tempo.

✨ Culto e Rituais

Seus devotos se reúnem em torres erguidas sobre falésias ou ilhotas, onde o céu parece mais próximo da terra. Esses locais são conhecidos como Atalaias do Céu, e neles são realizados os ritos sob as chuvas de meteoros e eclipses lunares.

O principal rito é a Liturgia dos Destinos, uma prece murmurada durante o traçar de constelações em mapas estelares feitos com pó de meteorito e tintas infundidas com luz estelar. Esses mapas não são apenas guias: dizem que, sob o olhar atento de Isarion, eles revelam portas ocultas entre os planos ou caminhos perdidos no próprio tempo.

Ao entoarem os hinos de Isarion, os fiéis usam bastões de prata para riscar círculos no chão, dentro dos quais acendem pequenas fogueiras de sândalo branco e mirra azul. As chamas não lançam fumaça — apenas dançam ao som dos cânticos, como se reverenciassem o próprio céu.

🪐 Mística e Símbolos

O símbolo sagrado de Isarion é o astrolábio encantado, uma engenhoca de anéis concêntricos que giram por vontade própria ao detectar alinhamentos cósmicos. Muitos desses artefatos estão lacrados em academias de magia ou templos de navegação, pois giram apenas quando um destino importante se aproxima.

Outros artefatos, como os Orbes de Noite Líquida, são esferas cristalinas preenchidas com um líquido iridescente que reflete as estrelas, mesmo à luz do dia. Eles são utilizados por oráculos e astrônomos para observar constelações desconhecidas que brilham em outras realidades.

🌠 Veneráveis e Ordens

Entre os veneráveis de Isarion estão os Navegantes das Estrelas Sem Nome, viajantes que se orientam apenas pelos astros e cujos mapas não contêm terras, mas tempos. Dizem que um deles navegou pelas névoas de Arkhan até ver as ruínas de Eldoria futura, voltando silencioso e de olhos prateados.

Há também os Arcanólogos Celestes, estudiosos que buscam os vestígios de civilizações esquecidas nas formações estelares, lendo lendas inscritas em padrões do firmamento. Seus salões são abobadados e cravejados de cristais luminescentes, e suas bibliotecas guardam pergaminhos que só brilham quando à meia-noite.

Por fim, há os Sentinelas do Cinturão Solar, monges guerreiros que protegem templos astronômicos e dispositivos estelares. Armados com lanças de luz e elmos espelhados, guardam as últimas palavras de cometas mortos — cada um, uma história, um destino, uma canção esquecida.

🧭 Antecedentes

Clérigos de Isarion são Sábios, Fieis e Determinados. Seu olhar está sempre voltado ao céu, mas seus pés permanecem firmes sobre a terra, pois sabem que o caminho das estrelas só é desvelado àqueles que persistem na escuridão da dúvida. Seus estudos são longos, e suas ações, ponderadas. Preferem observar antes de intervir, mas quando falam, suas palavras carregam o peso de eras.

Portam cajados esculpidos com anéis lunares, ou lanças cerimoniais de prata; usam túnicas amplas com constelações bordadas em fio de luz e armaduras leves encantadas para não interferirem com a magia estelar. Os escudos são raros, mas alguns levam pequenos discos espelhados presos aos antebraços, refletindo a luz do cosmos como bênção e proteção.

🌌 Reinos de Influência




☠️ Deuses das Sombras e Malignos

💀 Malrithar, o Flagelo das Três Agonias

Símbolo de Malrithar

Nos recessos esquecidos do mundo, onde a dor sussurra como brisa e o medo torna-se oferenda, habita o nome maldito de Malrithar, o Flagelo das Três Agonias. Senhor dos Planos Inferiores, ele não reina — ele devora. Seus cultos são antigos como os abismos, suas oferendas sempre vivas, e seu domínio estende-se sobre cada grito que ecoa em vão no escuro.

🩸 Culto e Rituais

O culto a Malrithar não se proclama em praças ou templos — ele rasteja em câmaras seladas, em celas de pedra úmida e criptas onde o sol não ousa entrar. Os devotos realizam o infame Rito das Três Agonias: dor do corpo, tormento da mente e silêncio da alma. Cada iniciado deve suportar estas provações sem clamar clemência — pois todo clamor seria música para seu senhor, mas ruína para o fraco.

Nas festas profanas do Sol Ausente, os cultistas esculpem ossos com lâminas rúnicas e entoam lamentos dissonantes — canções feitas de notas invertidas e gemidos ritualizados. À meia-noite, velas negras são apagadas uma a uma, até que só reste a escuridão e o eco dos lamentos passados. Os que sobrevivem à noite, renascem como Profanadores da Boca Selada — sacerdotes de horror mudo.

👁️ Mística e Símbolos

O símbolo de Malrithar é um tridente invertido cravado em um crânio fendido, de onde escorre eternamente uma chama negra. Tais símbolos são encontrados em antigos campos de batalha onde as almas jamais descansaram. Os templos secretos esculpem-no nas entranhas de rochas vivas, e dizem que o próprio símbolo pulsa quando alimentado com sangue vivo.

Artefatos do culto incluem os Espinhos de Choro, pequenas agulhas de osso encantado que provocam alucinações de sofrimento eterno, e os Grilhões de Abjuração, usados para prender almas aos planos inferiores mesmo após a morte do corpo.

🕷️ Veneráveis e Ordens

As Ordens Profanas de Malrithar são fragmentárias, cada uma regida por um dogma de desespero distinto. Entre elas, destaca-se a Legião do Grito Silente, uma seita de torturadores arcanos e inquisidores que arrancam segredos da alma por meio de ritos sombrios, sem jamais proferir palavra.

Há também os Espoliadores da Carne, guerreiros doentios que enfrentam inimigos apenas com correntes e lâminas enferrujadas, cultivando suas cicatrizes como marcas sagradas. Suas armaduras são feitas de couro escurecido e ferro profanado, e nunca brilham — mesmo sob o sol.

🗡️ Antecedentes

Os seguidores de Malrithar são Malignos, Vís e Cruéis. Seu sacerdócio não busca redenção ou piedade — mas poder pela dor, domínio pela tortura, e transcendência pelo sofrimento. Acreditam que toda luz é ilusão e que o verdadeiro poder reside no abismo, onde o grito é rei.

Portam chicotes, tridentes, ganchos ou espadas serrilhadas, empunhando-as com prazer e sem compaixão. Usam armaduras negras de ferro corroído, cravejadas de cravos e espinhos invertidos, e carregam escudos pequenos como espelhos sombrios, feitos para refletir a dor do inimigo — e devolvê-la com juros.

Suas vestes rituais incluem capuzes sem rosto e mantos trançados com cabelos humanos ou fibras tecidas de cinza fúnebre. São os Flageladores do Inominável, cujos nomes verdadeiros se perdem nas sombras que eles mesmos criam.

🌑 Reinos de Influência




🗝️ Merunir, O Deus das Portas Fechadas

Símbolo de Ilmárien

Antes da morte, há o limiar — e ali, entre o último suspiro e o silêncio eterno, habita Merunir, o Guardião do Véu Lacrado, senhor dos portais entre mundos, patrono da necromancia e da profanação sagrada. Ele não concede passagem, ele observa quem ousa cruzar. Seu nome é murmurado com temor entre necromantes, ladrões de sepulturas, e cultistas que caminham entre o mundo dos vivos e os domínios das trevas ocultas. Alguns o chamam de Aquele que Tranca Almas. Outros, simplesmente, de Chave-Mestra da Perdição.

Merunir não oferece misericórdia: ele testa. E aqueles que falham, não despertam nem como mortos.

🕯️ Culto e Rituais

O culto a Merunir se esconde sob pedras seladas e criptas esquecidas. Em Zar’Kharûl, seus acólitos são os mais temidos entre os necromantes: realizam o Rito do Eco Silencioso, que consiste em fechar um templo com alçapões de pedra viva, onde monges meditam em jejum por doze noites, ouvindo o som de correntes e vozes de além‑vida. Aqueles que enlouquecem, são os primeiros escolhidos. Aqueles que resistem, selam sua alma à chave eterna.

Seus templos jamais têm portas: apenas arcos vazios que conduzem a corredores infinitos. Diz-se que quem entra sem permissão pode nunca mais sair — ou sair mudado, com olhos opacos e a fala corroída pela poeira dos mortos.

Em Lumezia, as seitas portuárias praticam rituais com ossos de afogados, escrevendo encantamentos em papiros mergulhados em sangue seco. Nesses círculos ocultos, Merunir é invocado como o Senhor das Rotas Perdidas — aquele que guia barcos desaparecidos por portais submersos rumo ao reino dos que não foram julgados.

Em Valiord, necromantes fugitivos realizam cerimônias profanas nas ruínas de cemitérios apagados dos mapas. Eles invocam Merunir não para libertar os mortos, mas para interrogá-los, ameaçá-los, e forçá-los a revelar os segredos que carregam.

Em Arkadia, os estudiosos corrompidos de Altavista — cercados de grimórios vedados — rezam preces invertidas a Merunir nas criptas da Biblioteca Proibida. Cada livro ali trancado é uma porta, e cada feitiço esquecido, uma chave.

⚰️ Mística e Símbolos

O símbolo de Merunir é uma chave negra entrelaçada com raízes secas, encimada por um portão de obsidiana rachado. Diz-se que essas rachaduras são as lágrimas do mundo antigo, trancado pelo próprio deus após a primeira ressurreição impura. Relíquias criadas em seu nome jamais têm forma fixa: elas se alteram conforme a sombra do portador, e muitas vezes revelam olhos esculpidos nas dobradiças, que se abrem apenas à noite.

Sacerdotes carregam as chamadas Chaves do Véu Lacrado, relíquias forjadas com ferro espectral e pó de osso real. Elas não abrem portas de pedra — mas selam almas nos corpos, impedindo que morram ou escapem. Uma punição temida entre os cultos rivais.

Outros itens incluem os Cadeados do Vazio, usados em túmulos para impedir que seus ocupantes retornem, e os Portais Queixosos — arcos sussurrantes que apenas revelam suas entradas quando alguém pronuncia um segredo que jamais deveria ter sido dito.

☠️ Veneráveis e Ordens

Os mais temidos servos de Merunir são os Chaveiros do Fim, necromantes que recusam a própria morte, e vivem ligados a selos arcanos que sustentam suas almas fora da carne. Não lideram exércitos — mas orientam aqueles que desejam rasgar os véus que separam os reinos.

Há também os Vigilantes do Limiar, monges sem rosto, que guardam entradas proibidas sob montanhas ou oceanos, onde o próprio mundo parece hesitar. Diz-se que cada um conhece o nome verdadeiro da morte, mas jamais o pronunciará.

Nos tribunais sombrios de Arkadia, cultistas disfarçados de juízes pertencem à ordem secreta dos Seladores da Palavra, que catalogam almas dignas de aprisionamento eterno — não nos infernos, mas nas próprias ruínas esquecidas do mundo.

🗝️ Antecedentes

Entre os seguidores de Merunir, não há espaço para hesitação: são Malignos, Determinados e Inteligentes. Compreendem os véus que separam os mundos e recusam as imposições da morte como um limite. Não buscam servir, mas desvelar — e trancar o que os demais ousam abrir.

Usam túnicas fechadas, adornadas com correntes ou símbolos de chaves negras. Seus olhos costumam brilhar com um fulgor insano quando invocam os mortos, e suas mãos carregam anéis de osso ou pergaminhos selados. Portam bastões gravados com nomes esquecidos, e grimórios encadeados que só se abrem com sangue derramado em solo consagrado.

São chamados de Vigilantes do Limiar — os que trancam o fim e barganham com os mortos.

🏛️ Reinos de Influência




🕯️ Morrvash, O Sussurrador das Trevas

Símbolo de Morrvash

Quando até o vento teme fazer ruído e as estrelas se ocultam atrás de nuvens espessas, é então que se sussurra — ou se pensa sussurrar — o nome de Morrvash. Conhecido como o Sussurrador das Trevas, este deus não reina com relâmpagos ou tormentas, mas com o silêncio sepulcral e a ameaça latente do segredo. Seu domínio não é o estrondo da guerra, mas o som abafado de uma adaga desembainhada no escuro.

🩸 Culto e Rituais

O culto a Morrvash não ocorre à luz de velas — e sim à sua ausência. Em criptas afogadas por óleo espesso e sangue coagulado, os iniciados praticam o temido Rito da Voz Calada. Durante três noites inteiras, permanecem em completo silêncio, envoltos em túnicas negras embebidas em breu e ajoelhados sobre pedras geladas. Ali, ouvem apenas o som do próprio coração e o eco distante de algo mais antigo do que a morte.

Ao final do terceiro ciclo, entoa-se o primeiro sussurro — uma frase proibida, ancestral, que sela a alma do devoto à vontade obscura de Morrvash. Em seguida, lanternas negras feitas de cera fúnebre são acesas apenas para serem sacrificadas: suas chamas são sufocadas lentamente entre as mãos dos sacerdotes, mergulhando tudo numa escuridão viva, onde a fé não se vê — apenas se teme.

Durante os equinócios, é celebrada a Noite das Correntes Caladas, quando fiéis se acorrentam a pilares de pedra e repetem mentalmente seus votos eternos. Qualquer som nesse ritual quebra o laço, e aqueles que falham... não retornam.

🕸️ Mística e Símbolos

O símbolo sagrado de Morrvash é um par de lábios entrelaçados por correntes de ébano, representando o poder do silêncio absoluto e a prisão das palavras que nunca devem ser ditas. Esse sigilo é esculpido nas portas dos templos secretos do deus — geralmente escondidos sob cemitérios esquecidos, ruínas abandonadas ou criptas embaixo de tribunais antigos.

Diz-se que qualquer um que trace esse símbolo na pele de um inimigo, mesmo com o simples toque de um anel ungido, sela sua língua para sempre — um dom e uma maldição conferidos apenas pelos sumos sacerdotes da Voz Calada.

👁️ Veneráveis e Ordens

Entre os devotos mais temidos de Morrvash está a Ordem dos Silenciados: um círculo clandestino de espiões, assassinos e inquisidores que servem como os olhos e ouvidos do deus. Treinados desde a infância em artes de escuta, leitura labial, alquimia do sono e combate sem som, esses agentes atuam como sombras inteligentes, extraindo confissões com o olhar e executando julgamentos sem um único suspiro.

Outros veneráveis incluem os Portadores do Véu da Cera, monges encapuzados que jamais falam, e que carregam consigo velas negras acesas apenas nos momentos em que um juramento eterno será selado.

🧿 Antecedentes

Clérigos de Morrvash não são heróis — são instrumentos. Malignos, Vilões ou Inteligentes, eles seguem os caminhos tortuosos da informação e do segredo. Nunca gritam, raramente pregam. Agem nos bastidores, recolhendo verdades perigosas e enterrando-as sob silêncio e sangue.

Costumam empunhar adagas curvas, punhais de ritual e lanças negras de duas pontas. Suas armaduras são leves, sempre cobertas por mantos que abafam passos, e seus escudos são pequenos — não para defesa, mas para ocultar as intenções. O símbolo do deus é bordado nas palmas das luvas, tocando a pele de suas vítimas antes do golpe final.

🏛️ Reinos de Influência




🕯️ Deuses Antigos, Neutros ou Esquecidos

🕯️ Telvôr, O Que Dorme Sob a Terra

Símbolo de Telvôr

Antes que as estrelas brilhassem nos céus de Eldoria, antes mesmo do primeiro fogo do sol tocar a superfície do mundo, já repousava sob as fundações da terra o sono imemorial de Telvôr, o Deus Adormecido. Chamado também de O Que Dorme Sob a Terra, sua presença não se move, mas pulsa — como o próprio coração do mundo. Seu nome não é dito em voz alta, mas murmurado entre rochas, entre raízes profundas e sob abóbadas de pedra ancestral.

🌑 Culto e Rituais

O culto a Telvôr é reservado aos que não temem a escuridão absoluta. Nas câmaras rootais — templos escavados nas profundezas das montanhas de Durandram e das cavernas ocultas de Sylvannis —, os xamãs do silêncio entoam o Ritual do Eco Imóvel. Com tambores feitos de ossos fossilizados e couro de criaturas extintas, invocam ecos que reverberam por quilômetros de galerias, despertando ressonâncias que apenas os iniciados conseguem escutar.

É costume dos devotos passarem longos períodos em completa escuridão e jejum, aguardando que o “sussurro mineral” se manifeste. Esse som profundo e ritmado — semelhante à batida de um coração de pedra — é interpretado como a resposta do próprio Telvôr aos dilemas do fiel.

Nas noites de lua nova, praticam-se vigílias conhecidas como Descida ao Silêncio, em que os monges subterrâneos, cobertos com mantos de pedra polida, percorrem túneis labirínticos sem luz ou guia, até encontrarem uma câmara onde o som cessa por completo. Ali, em completa ausência de ruído, renovam seus votos.

💎 Mística e Símbolos

O símbolo mais sagrado de Telvôr é o cristal luminescente, que brota espontaneamente em locais onde os cânticos subterrâneos são mais antigos. Essas pedras emitem um brilho azulado e pulsante, que vibra levemente em resposta a vozes sussurradas. São usadas como focos de meditação, objetos de oráculo e fontes de luz cerimonial.

Altares dedicados ao deus costumam ser esculpidos diretamente na rocha viva, sem adornos metálicos ou pinturas. Apenas marcas rúnicas simples — chamadas de Traços do Sono — adornam seus contornos. Os mais antigos afirmam que, ao se deitar sobre um desses altares, um fiel pode sonhar os sonhos do próprio Telvôr, vislumbrando tempos que ainda não vieram ou que foram esquecidos pela história.

🌌 Veneráveis e Ordens

Os Monges do Subsolo Eterno são os principais cultuadores de Telvôr. Juram um voto de silêncio perpétuo e vivem em colônias sob as montanhas, onde constroem labirintos sem mapas. Cada um conhece apenas parte do caminho, e é assim que garantem que ninguém acesse o santuário central sem ser digno.

Outros seguidores são os Guardadores do Eco, xamãs errantes que viajam com pequenos cristais luminescentes e se sentam ao lado de montanhas, escutando o som que vem de dentro. Segundo eles, quando Telvôr despertar, o mundo todo tremerá — e só aqueles que aprenderam a escutar o silêncio sobreviverão ao seu primeiro passo.

🗝️ Antecedentes

Os devotos de Telvôr são Sábios, Silenciosos (novo antecedente, semelhante a “Discreto” ou “Reservado”) e Determinado. São estudiosos da pedra, do tempo lento e dos segredos enterrados. Acreditam que a sabedoria se esconde no que não é dito, e que o poder está em suportar o peso da eternidade sem dobrar os joelhos.

Usam armas simples e pesadas, como martelos cerimoniais, bastões de pedra ou machados de duas mãos. Armam-se com couraças de pedra entalhada ou couro rúnico endurecido, e muitos rejeitam escudos, preferindo manter as mãos livres para tocar a terra. Alguns portam cristais amarrados ao peito, que brilham quando seus votos são renovados.

🏔️ Reinos de Influência




🎭 Yssha, A Loucura Benevolente

Símbolo de Yssha

No limiar entre o delírio e a criação, onde a sanidade vacila como chama em brisa noturna, dança Yssha — Senhora da Loucura Benevolente, Musa das Máscaras, Inspiração dos Gritos Que Riem. Acredita-se que sua voz não seja ouvida, mas sentida no tilintar do vidro colorido, no som do pincel que rasga a tela e no riso que explode sem razão.

🎭 Culto e Rituais

O culto a Yssha não se limita a templos nem a dogmas. Ele se manifesta em estúdios improvisados, salões de espelhos, becos iluminados por lanternas de vidro colorido e nos teatros da imaginação. O maior de seus rituais, o Festival das Máscaras Invertidas, ocorre durante o equinócio de outono em Brumasuave, quando artistas, músicos, poetas e lunáticos de todos os cantos cobrem seus rostos com pinturas vívidas e dançam por três dias e três noites sem descanso.

Nessa cerimônia frenética, vinho temperado com poções raras e folhas de delírio é servido em cálices assimétricos, enquanto melodias dissonantes ecoam entre tendas coloridas. Ao final, muitos caem exaustos, mas despertam com visões poéticas, epifanias arrebatadoras ou mesmo invenções impossíveis — como se tivessem tocado o tecido do caos criativo.

Outros ritos envolvem o uso dos chamados Espelhos Contrários, feitos de prata polida encantada. Os devotos contemplam seu reflexo até que seus rostos mudem — não em forma, mas em verdade interior. Aqueles que conseguem se ver por inteiro, dizem, alcançam a Graça do Absurdo e tornam-se porta-vozes da sabedoria tortuosa de Yssha.

🧪 Mística e Símbolos

O símbolo mais reverenciado de Yssha é a máscara invertida, cujos traços nunca são os mesmos: olhos onde deveriam estar os lábios, bocas rindo dos próprios olhos, rostos pintados de dentro para fora. Essas máscaras são feitas de madeira perfumada com óleo de flor-do-caos, e queimadas ao fim de cada festival para libertar o espírito criador nela encerrado.

Outros objetos sagrados incluem as Poções do Delírio Criativo, alquimias de difícil preparo, capazes de abrir as portas do inconsciente e provocar êxtase artístico ou destruição melancólica. Também são venerados os Instrumentos Rachados — liras com cordas de tamanhos desiguais, flautas com orifícios irregulares — que produzem músicas que só os loucos compreendem.

🎨 Veneráveis e Ordens

Os seguidores mais próximos de Yssha são os Alquimistas da Inspiração Desvairada, eremitas e estudiosos que vagam entre o êxtase e o delírio. Vestem-se com túnicas de retalhos coloridos e vivem em torres assimétricas, onde os quartos mudam de lugar sem aviso. Suas obras, muitas vezes incompreendidas, acabam por revelar verdades ocultas muitos anos depois.

Outros são os Palhaços de Sangue Azul, atores sagrados que viajam de vilarejo em vilarejo representando a tragédia e a comédia da existência com uma intensidade tão vívida que muitos acreditam serem avataras da própria deusa.

Finalmente, existem os Poetas Silenciosos, monges que nunca escrevem ou declamam, mas criam “poesias vivas”: gestos, pinturas, arranjos florais ou explosões de cor em muros e florestas. Diz-se que cada um carrega em si uma estrofe da verdadeira natureza da realidade — e que, reunidos, formarão um dia o Verso Final do Mundo.

🎭 Antecedentes

Os devotos de Yssha costumam ser Altruístas, Inteligentes ou Caoticamente Inspirados. Vivem entre lampejos de genialidade e vertigens da razão. Suas ações são imprevisíveis, seus pensamentos inclassificáveis. Mas no caos, encontram luz.

Esses clérigos preferem trajes extravagantes, adornados com sinos e fitas. Empunham adagas curvas ou bastões que brilham com luz mutante. Suas armaduras, quando usadas, são leves e ornamentadas, feitas de placas sobrepostas como pétalas. Utilizam escudos espelhados para refletir tanto ataques quanto ilusões.

Ao lançar feitiços, giram no próprio eixo ou recitam fragmentos de poemas incompletos. São o absurdo tornado carne, a beleza do inexplicável, os loucos sagrados que riem quando o mundo chora e choram quando o universo dança.

🏛️ Reinos de Influência




🐍 Nal’kesh, A Serpente de Mil Sussurros

Símbolo de Nal’kesh

Em grutas onde o ar é denso e o silêncio pulsa como um tambor abafado, sussurros se arrastam pelas paredes de pedra molhada — são as vozes de Nal’kesh, a Serpente de Mil Sussurros, a que escorrega entre pensamentos e verdades, senhora do veneno que não mata o corpo, mas dilui a alma.

🩸 Culto e Rituais

Os rituais de Nal’kesh são velados, como sua própria essência. Em cavernas sufocantes, os adeptos reúnem-se em torno de serpentes vivas, que deslizam por entre seus corpos enquanto os cultistas murmuram encantamentos em línguas esquecidas, formando o Círculo dos Sussurros. Cada fiel traz um segredo jamais revelado e o entoa baixinho, deixando-o se dissolver no ar — assim, acredita-se, a Serpente se alimenta.

Durante o Rito das Escamas Invertidas, os iniciados bebem um licor de veneno diluído misturado a pó de jade, que induz visões de futuros em ruína e glórias corrompidas. As palavras que pronunciam sob seu efeito não são escolhidas, mas inspiradas — e frequentemente revelam traições que ainda não ocorreram, ou que ninguém ousou admitir.

As escamas reais das serpentes de Nal’kesh, colhidas durante a muda lunar, são utilizadas em encantamentos de silêncio, invisibilidade e veneno mental — não matam de imediato, mas criam paranoia nos corações mais resistentes.

🧿 Mística e Símbolos

O símbolo mais sagrado de Nal’kesh é uma serpente devorando a própria cauda, envolta por runas espiraladas, representando o ciclo infinito da dúvida e do poder oculto. Em versões mais antigas, o símbolo é cravado em obsidiana ou moldado com sangue coagulado, onde as escamas brilham como se respirassem.

Amuletos feitos com escamas petrificadas de serpentes consagradas concedem a seus portadores a furtividade parcial: movem-se pelas sombras sem serem percebidos, desde que não estejam sendo observados diretamente — pois, como diz o ditado, “Nal’kesh não desvia olhares, apenas os espera piscar”.

Manuscritos ditos inspirados pela deusa contêm trechos que mudam cada vez que são lidos, revelando significados diferentes para cada leitor — ou, segundo alguns estudiosos, diferentes manipulações destinadas a cada alma.

🕷️ Veneráveis e Ordens

Os Portadores do Sopro Venenoso são bruxos errantes que vagueiam entre reinos, vendendo segredos envenenados em troca de juramentos sussurrados. Suas bocas são tatuadas com runas negras, e dizem que seu hálito pode induzir sonhos ou pesadelos conforme desejarem.

Nas montanhas escuras de Sylvannis, há uma ordem de elfos renegados — os Devotos de Vaethryl — que seguem Nal’kesh como aquela que sussurrou à orelha do antigo elfo que se tornou o primeiro lich. Esses elfos vivem em simbiose com serpentes encantadas e recitam orações feitas apenas de segredos — nunca de desejos.

Entre os orcs de Zar’Kharûl, tribos de feiticeiros silenciosos cultuam Nal’kesh como a Deusa do Olhar que Corrói, e seus guerreiros usam armaduras decoradas com escamas negras polidas, cuja presença é suficiente para fazer animais selvagens fugirem.

🧬 Antecedentes

Os clérigos de Nal’kesh raramente se proclamam como tais. São Inteligentes, Malignos e Vilmente Ambiciosos. Servem não à luz ou trevas, mas à névoa entre elas. Para eles, a verdade é uma arma de múltiplos gumes, e o veneno uma prece líquida. Seus corpos são ágeis, suas línguas, afiadas — e suas armas preferidas, adagas, bastões ocos com compartimentos para veneno, ou mesmo serpentes treinadas.

Vestem-se com mantos colantes e túnicas de escamas flexíveis, muitas vezes ocultos por capas de sombra ou véus perfumados. Alguns portam cajados entalhados em espiral, que vibram com cada sussurro pronunciado sob o luar.

🗺️ Reinos de Influência




⚡ Ashirâm, O Deus que Sangra na Tempestade

Símbolo de Ashirâm

Nas escarpas ventosas de Hröshgard, onde os trovões rasgam o céu e o gelo nunca se desfaz, há um nome que se pronuncia apenas entre relâmpagos — Ashirâm, o que sangra na tempestade, o deus dos trovões vivos e da fúria purificadora. Sua presença não se manifesta em templos, mas no ribombar que sacode os vales e nos clarões que abrem brechas no véu do mundo.

🌩️ Culto e Rituais

O culto a Ashirâm é reservado aos que ousam caminhar nos cumes onde a tormenta mora. Seus xamãs — conhecidos como Vozes do Trovão — escalam penhascos vertiginosos e lá permanecem por dias, expostos ao vento e à eletricidade, até que a tempestade se digne a respondê-los.

Durante o Grito Tempestuoso, o ritual maior do culto, os iniciados envolvem-se em mantos de pele encharcada de sangue de carneiro e erguem martelos sagrados aos céus, invocando raios com urros e cantos rúnicos que ecoam como trovões humanos. Quando o raio cai sobre o círculo de pedras negras, diz-se que Ashirâm respondeu — e o iniciado, se sobreviver, torna-se um Portador da Tormenta.

Nos monastérios escavados nas montanhas de gelo, oráculos esculpem estátuas de granito cru, onde entalham as Runas do Pacificar: inscrições que, ao serem molhadas com sangue e recitadas durante uma tormenta, acalmam os céus ou redirecionam sua fúria para exércitos invasores.

⛈️ Mística e Símbolos

O símbolo de Ashirâm é o martelo relampejante, envolto por um arco fulgurante e pingando uma única gota de sangue. Essa gota representa o sacrifício necessário para dominar a tormenta — pois nada que é fácil pode conter o poder dos céus.

Relíquias sagradas incluem os Martelos do Eco Trovejante, armas forjadas no âmago de montanhas atingidas por raios e batizadas com sangue humano. Quando empunhadas, estas armas reverberam com trovões ao atingir o solo e podem partir armaduras como se fossem barro seco.

Os Capuzes da Tempestade, feitos de couro de grifo e fiapos de nuvem petrificada, permitem aos clérigos caminhar por tempestades sem serem atingidos por raios — ao menos, não mais de uma vez.

🌪️ Veneráveis e Ordens

Os principais devotos de Ashirâm são os Oráculos do Eco Trovejante, monges que jamais falam em dias claros. Eles aguardam que a tempestade se forme para então transmitir visões, mensagens e julgamentos. Crê-se que cada raio carrega um fragmento do verdadeiro nome do deus, e que um dia, ao decifrá-los todos, o céu será partido ao meio.

Os Clérigos da Lâmina de Trovão empunham martelos de guerra e usam armaduras de ferro temperado com granizo, ornadas com gravuras de nuvens em fúria. Muitos carregam escudos circulares com relâmpagos entalhados, e outros optam por lutar sem escudo, guiados pela velocidade e imprevisibilidade do céu tempestuoso.

Existem ainda os Filhos da Cicatriz Celeste, guerreiros que receberam raios no corpo e sobreviveram. Suas cicatrizes ardem quando a tormenta se aproxima, e suas palavras atraem trovões mesmo em dias serenos.

⚡ Antecedentes

Clérigos de Ashirâm são, acima de tudo, Corajosos, Determinados e muitas vezes Vils. Enxergam o caos da tempestade como instrumento de transformação e justiça brutal. São os portadores da fúria divina, os que desafiam o próprio céu para alcançar o poder puro, sem mediação.

Empunham com frequência martelos de guerra, de duas mãos ou empunhadura dupla, e preferem armaduras médias ou pesadas que resistam aos ventos e aos golpes. Raramente usam escudos — acreditam que o relâmpago não respeita defesas passivas. Quando o usam, é mais como emblema do trovão do que por proteção real.

Vestem capas de couro e lã endurecida, presas por broches em forma de nuvens e raios. Nos rituais mais antigos, o sangue é derramado nas rochas para que o céu reconheça o tributo. Em suas vozes ressoam trovões — e, por vezes, pragas.

🏔️ Reinos de Influência




🏛️ Templos Notáveis de Eldoria

O Templo da Coroa Solar, Monte Dathril, Arkadia (Ilmárien)

No ápice do Monte Dathril, onde o céu parece tocar o mármore polido das abóbadas douradas, ergue-se o magnífico Templo da Coroa Solar. À aurora, quando o primeiro raio de Ilmárien beija o mundo, as paredes irradiam uma luz dourada que ressoa nos mosaicos de âmbar e topázio, envolvendo o visitante numa aura de cálida majestade. Os devotos, envoltos em túnicas brancas e douradas, caminham em silêncio, e o ar é preenchido pelo perfume de pétalas de girassol e incenso de âmbar. Ali, os ritos do amanhecer são conduzidos com reverência luminosa, e acredita-se que cada prece sussurrada é ouvida pelo próprio sol.

Observatórios do Destino, Arkadia (Veltharion)

Acima das colinas enevoadas de Arkadia, erguidos em bronze e vidro lunar, repousam os Observatórios do Destino. Sob a noite estrelada, sacerdotisas em mantos constelados entoam suaves cânticos enquanto punções de cristal negro traçam linhas sagradas sobre mapas de pele âmbar. O ar ali vibra com o aroma frio e pungente do orvalho noturno, e cada sussurro ressoa como promessa velada. Nas noites de eclipse, os sussurros das estrelas tornam-se audíveis, e dizem que Veltharion revela aos dignos caminhos ocultos entre as eras.

Círculo de Harmonyl, Galathiel (Nariël)

Entre as árvores centenárias de Galathiel, envolvido pelo frescor do orvalho e o canto delicado das aves que anunciam a aurora, encontra-se o Círculo de Harmonyl. Um anel de pedras lisas cobertas de musgo, onde bardos e curandeiros se reúnem antes do amanhecer para celebrar Nariël com melodias antigas. Cada nota vibrante parece elevar-se do chão, misturando-se ao perfume suave das flores silvestres. Ao nascer do sol, o círculo inteiro vibra suavemente, como se a própria terra cantasse junto aos fiéis.

Espelhos de Gelo, Hröshgard (Venyara)

Nas cavernas glaciais sob os picos eternamente nevados de Hröshgard, repousam os Espelhos de Gelo. À luz prateada de Selura, as superfícies polidas de gelo refletem imagens silenciosas e fugazes, como sonhos esculpidos na própria luz. O frio cortante ali é atenuado pelo aroma delicado do âmbar lunar queimado em pequenas piras, e monges encapuzados permanecem imóveis, contemplando visões reveladas pela dama lua, Venyara, em noites onde o tempo se dobra suavemente sob a órbita de O Guardião.

Salões da Fala Esquecida, Zar'Kharûl (Sirthël)

Escondidos nas profundezas sombrias de Zar'Kharûl, os Salões da Fala Esquecida são câmaras esculpidas em basalto negro, onde as sombras parecem murmurar segredos nunca ditos. Um silêncio opressivo preenche os corredores sinuosos, quebrado apenas por ecos abafados de palavras nunca pronunciadas. Ali, os iniciados de Sirthël gravam runas indecifráveis nas paredes, e cada risco parece apagar a memória de quem os observa. Dizem que quem entra deixa algo precioso para trás—uma lembrança, um nome, um rosto.

Galerias das Faces, Al'Qamar (Zal’Amun)

Abaixo das areias de Al'Qamar, nas criptas subterrâneas revestidas de mármore negro, estão as Galerias das Faces. Milhares de máscaras—algumas belas, outras terríveis—preenchem nichos escuros, seus olhos vazios parecem seguir os visitantes com um olhar inescapável. O silêncio é pontuado por sussurros estranhos, e o aroma de incenso doce e fumegante impregna o ar, despertando sonhos e visões. Ali, o culto a Zal’Amun desvenda véus entre mundos, revelando verdades proibidas.

Círculos de Pedra-Mãe, Brumasuave e Sylvannis (Orlindar)

Em clareiras silenciosas de Brumasuave e Sylvannis, os Círculos de Pedra-Mãe emergem como anéis antigos, cobertos de musgo e flores silvestres. Um aroma de terra úmida e folhas frescas envolve o visitante, e o som suave de folhas sussurrantes acompanha cada passo. Os druidas e guardiões da floresta entoam cânticos suaves em idiomas esquecidos, conectando-se à respiração profunda de Orlindar, Pai das Folhas e Raízes.

Altares das Quatro Cores, Valiord (Therysia)

Nas colinas férteis de Valiord, onde campos dourados encontram bosques verdejantes, estão os Altares das Quatro Cores. Cada altar, entalhado com símbolos das estações, transborda com oferendas de frutas, sementes e flores, seu aroma doce misturado ao frescor das estações em mudança. Em festivais, o povo reúne-se para danças e cantos, agradecendo a Therysia pela harmonia dos ciclos naturais.

Torres do Sopro, Lumezia (Caerwyn)

Sobre as falésias de Lumezia, as Torres do Sopro elevam-se em espiral, acariciadas pelo vento constante. Penas e fitas coloridas tremulam, emitindo sons delicados que se misturam ao murmúrio do mar. Os fiéis de Caerwyn chegam ali para escutar os segredos que o vento conta aos navegantes, seu sopro trazendo aromas salinos e promessas de liberdade.

Lago Alaraël, Sylvannis (Nimwë)

No coração oculto de Sylvannis repousa o Lago Alaraël, cujas águas cristalinas refletem céus estrelados e luas prateadas com perfeição etérea. Em suas margens, sacerdotisas silenciosas entoam cânticos aquáticos, lançando pedras translúcidas que revelam visões fluidas. O aroma suave de nenúfares perfuma a noite, e dizem que Nimwë sussurra segredos profundos em cada reflexo.

Sala dos Sete Martelos, Durandram (Khaldros)

Sob as colossais montanhas de Durandram, profundamente escavada nas rochas ancestrais, reside a Sala dos Sete Martelos. Seus corredores de granito polido ecoam com o ritmo constante e solene das bigornas, cada batida reverberando pelas colunas que sustentam a montanha inteira. No salão central, sete martelos imensos, entalhados em aço rúnico e reluzentes à luz das brasas eternas, repousam em altares consagrados a Khaldros. Ali, o aroma pungente do ferro em brasa e carvão mescla-se ao suor honesto dos ferreiros anões, que invocam o favor do Martelo Celestial com cada golpe reverente.

Academia das Lâminas, Arkadia (Avelora)

Na gloriosa capital de Arkadia, protegida por muralhas adornadas por bandeiras carmesins e douradas, ergue-se a Academia das Lâminas, templo de Avelora. Seus pátios ecoam constantemente com o som metálico das espadas e das lanças que se cruzam em treinamentos diários, e o aroma quente do aço afiado preenche o ar. Os mestres da guerra, trajando armaduras reluzentes, instruem seus discípulos não apenas no manejo das armas, mas também nos princípios da coragem, honra e justiça, pilares que sustentam as tradições veneradas por Avelora.

Totens do Sangue, Valiord (Drakar)

Nas terras selvagens e indomadas de Valiord, entre florestas negras e campinas marcadas por conflitos antigos, encontram-se os Totens do Sangue, monumentos rústicos feitos de ossos, madeira negra e ferro avermelhado. Aqui, o cheiro pungente de sangue fresco impregna a terra, atraindo corvos que grasnam sobre os totens decorados com marcas primitivas. Devotos bárbaros, em ritos violentos, honram Drakar oferecendo sacrifícios sangrentos sob a luz pálida da lua, clamando por força implacável e fúria desenfreada.

Arenas do Gelo Eterno, Hröshgard (Tharnak)

No frio implacável de Hröshgard, ocultas em vales eternamente congelados, estão as Arenas do Gelo Eterno. Círculos esculpidos em gelo imaculado são testemunhas silenciosas de duelos ferozes travados sob o olhar rigoroso de Tharnak. O vento gélido carrega murmúrios sombrios, enquanto guerreiros revestidos de peles combatem sob tochas que queimam com fogo azul, tingindo o ar com cheiro acre de gelo quebrado e sangue congelado. Aqui, a resistência e o desafio são honrados como virtudes supremas.

Torres das Sete Chamas, Valiord (Elyandor)

Dominando as paisagens férteis de Valiord, as Torres das Sete Chamas erguem-se como agulhas elegantes feitas de mármore e cristal, iluminadas perpetuamente por chamas místicas que nunca se extinguem. No interior dessas torres, onde pergaminhos antigos e códices sagrados repousam sob luz cálida, o ar é tomado pelo aroma doce e refinado da mirra e do papiro envelhecido. Magos e eruditos, vestindo mantos com bordados prateados, dedicam suas vidas ao estudo do conhecimento infinito, sempre guiados pela sabedoria profunda de Elyandor.

Ruínas do Eco, Galathiel (Myrellis)

Cobertas pela vegetação exuberante e escondidas no âmago da floresta de Galathiel, as Ruínas do Eco guardam lembranças silenciosas de eras esquecidas. Paredes de pedra cobertas por hera vibram suavemente com sons de vozes há muito silenciadas, ecoando suavemente no vento. Myrellis é venerada aqui através de melodias e poemas murmurados, e visitantes relatam ouvir ecos tênues de suas próprias vozes misturando-se com o perfume das flores noturnas, evocando lembranças que atravessam gerações.

Biblioteca da Palavra Viva, Arkadia (Voralen)

No coração de Arkadia, erguida em torres imponentes de mármore branco, encontra-se a Biblioteca da Palavra Viva. Aqui, corredores iluminados por luzes suaves de velas revelam intermináveis estantes repletas de livros encadernados em couro antigo. O aroma reconfortante de papel envelhecido mistura-se ao perfume doce da tinta fresca. Os seguidores de Voralen, trajados em mantos simples, recitam diariamente passagens sagradas em voz alta, acreditando que cada palavra pronunciada preserva e mantém viva a sabedoria ancestral.

Atalaias do Céu, Lumezia (Isarion)

Altas e brancas torres erguem-se nas costas marítimas de Lumezia, conhecidas como Atalaias do Céu. Aqui, sob os ventos constantes e salinos, os devotos de Isarion observam o firmamento com olhos aguçados, vigiando nuvens e estrelas. O perfume salgado do mar e a brisa fresca acompanham a contemplação meditativa dos sacerdotes, que veem nos padrões celestes mensagens claras do deus dos ventos e das alturas. Cada ventania, acreditam, traz consigo segredos revelados somente aos dignos.

Cripta das Três Agonias, Zar'Kharûl (Malrithar)

Nas entranhas escuras de Zar'Kharûl, envolta em brumas sulfúreas, está a terrível Cripta das Três Agonias. Esculpida em pedra negra e decorada com correntes enferrujadas e marcas de dor, seus corredores exalam um cheiro nauseante de ferro oxidado e sangue seco. Seguidores de Malrithar praticam aqui rituais macabros, clamando pelo poder da dor e do medo, enquanto lamúrias baixas ecoam através das câmaras sombrias.

Portões do Véu Lacrado, Zar'Kharûl (Merunir)

Os Portões do Véu Lacrado são imensos portais de obsidiana negra, lacrados há incontáveis eras nas regiões proibidas de Zar'Kharûl. O silêncio sepulcral, cortado apenas pelo murmurar distante de espectros inquietos, permeia o ambiente. Sacerdotes de Merunir, vestidos em túnicas cinzentas, realizam vigílias silenciosas, protegendo o mundo dos horrores além do véu, enquanto incensos adocicados e opressores mantêm afastados aqueles que poderiam inadvertidamente romper o lacre.

Santuário da Voz Calada, Zar'Kharûl (Morrvash)

Num vale esquecido de Zar'Kharûl, rodeado por neblinas perpétuas, ergue-se o Santuário da Voz Calada. Aqui reina um silêncio absoluto, e todos que ali entram fazem voto eterno de silêncio. Velas negras ardem lentamente, desprendendo uma fumaça espessa de aroma sombrio, enquanto Morrvash, Senhor do Silêncio, é adorado através da ausência total de sons. Cada palavra não dita torna-se uma oração.

Câmaras Rootais, Durandram (Telvôr)

Sob os fundamentos mais antigos das montanhas de Durandram, estendem-se as profundas e enigmáticas Câmaras Rootais. Labirintos de túneis sinuosos e corredores escuros avançam como raízes gigantescas no coração da terra, onde cristais luminescentes emanam um brilho suave, azul-esverdeado, como luz de estrelas aprisionadas em pedra. O ar é úmido, impregnado pelo aroma fértil da rocha úmida e do musgo subterrâneo. Monges silenciosos de Telvôr movem-se lentamente pelas sombras, mantendo um silêncio absoluto enquanto escutam a voz adormecida do deus que dorme sob a terra. Aqui, ecos abissais são invocados com tambores de ossos, reverberando sons graves e profundos, despertando mistérios que apenas as profundezas conhecem.

Palco do Caos Poético, Brumasuave (Yssha)

No reino enevoado e misterioso de Brumasuave, ergue-se o Palco do Caos Poético, um anfiteatro semicircular feito de mármore negro entrelaçado com veios púrpura e prata. Situado no alto de uma colina envolta por névoa perpétua, ele oferece uma visão que se perde no horizonte indistinto e brumoso. O palco, marcado por mosaicos intricados que retratam cenas surrealistas de sonhos e pesadelos entrelaçados, ecoa com a declamação apaixonada e caótica de bardos e poetas que veneram Yssha, a Musa do Caos. A atmosfera aqui é impregnada por uma fragrância doce e alucinante de flores exóticas e incenso embriagante, enquanto as apresentações oscilam entre êxtase criativo e loucura profética.

Grutas dos Mil Sussurros, Sylvannis (Nal'kesh)

Nas profundezas das florestas antigas de Sylvannis, escondidas sob uma densa copa de árvores imensas, repousam as Grutas dos Mil Sussurros. Estes cavernosos refúgios são formados por rochas calcárias delicadamente esculpidas pela água, criando colunas e galerias que parecem ter sido moldadas por mãos divinas. Uma infinidade de vozes suaves, quase inaudíveis, ecoa continuamente através das cavernas, repetindo fragmentos de segredos há muito esquecidos, palavras perdidas, promessas quebradas e memórias ocultas. Os seguidores de Nal'kesh vêm aqui em busca de conhecimento velado e da sabedoria das sombras. O ar é fresco, úmido e permeado por um sutil aroma mineral, como se a própria terra sussurrasse os segredos guardados em seu ventre profundo.

Pico do Sangue Celeste, Hröshgard (Ashirâm)

No extremo norte, além das fronteiras habitáveis de Hröshgard, ergue-se o Pico do Sangue Celeste, uma montanha isolada cuja ponta rompe as nuvens eternas, tingida com tons vermelhos sob o céu crepuscular perpétuo. No alto, um altar escavado em gelo avermelhado — como sangue congelado por eras incontáveis — é o local sagrado onde devotos corajosos ou loucos buscam o favor de Ashirâm, o Deus da Ira Celestial. Ventos cortantes rugem incessantes, carregando o aroma pungente e metálico de ferro congelado e sangue sacrificial antigo. Os poucos que escalam a montanha, resistindo à tempestade furiosa e ao frio extremo, testemunham fenômenos celestes assombrosos, tempestades de raios carmesins e auroras avermelhadas que preenchem o céu noturno, enquanto clamam pelo favor divino ou enfrentam seu julgamento implacável.


🎇 Festivais Sagrados de Eldoria

Nos reinos de Eldoria, onde cada estação é um verso em um poema épico e cada lua marca uma dança ritual dos céus, os Festivais Sagrados são momentos sublimes em que homens, elfos, anões e outras raças se reúnem sob os auspícios de seus deuses venerados. Durante esses dias e noites extraordinários, antigos rituais são revividos, e a essência divina permeia cada sopro, cada suspiro, cada olhar. Em Eldoria, os Festivais Sagrados tecem juntos o passado e o futuro, revelando em cada rito, dança e celebração um fragmento precioso da verdade divina que permeia toda existência.

Auroralys, Arkadia (Ilmárien)

Ao primeiro sopro da primavera, o reino de Arkadia acolhe Auroralys, uma celebração radiante dedicada a Ilmárien. Enquanto o céu rompe em tons rosados e dourados do amanhecer mais belo do ano, sacerdotes elevam cálices de cristal contendo néctar dourado, oferecendo-os ao Sol nascente em agradecimento. Os cânticos suaves mesclam-se ao aroma doce de flores desabrochando, enquanto jovens adornados com coroas de luz celebram com danças etéreas sob a luz crescente.

Rito da Convergência, Al'Qamar, Arkadia, Valiord, Lumezia (Veltharion)

Nos Observatórios do Destino e praças centrais desses reinos, o Rito da Convergência marca a união do conhecimento celestial com o destino terrestre. Velas escuras tremulam, iluminando mapas estelares desenhados no chão com giz prateado. Sob o murmúrio solene de sacerdotes-astrólogos, as multidões assistem ao alinhamento preciso de estrelas, buscando sabedoria nos padrões celestiais e ouvindo profecias sussurradas na noite silenciosa.

Cânticos do Primeiro Luzir, Galathiel e Brumasuave (Nariël)

Nos bosques sagrados de Galathiel e sob as névoas de Brumasuave, os elfos entoam melodias ancestrais para Nariël, a Deusa da Luz Primordial. Harpas feitas de cristal ressoam com tons celestes, enquanto fogos tênues são acesos nas clareiras, refletindo-se nas gotas de orvalho como estrelas em miniatura. Os participantes compartilham pão feito com mel e ervas brilhantes, renovando a promessa da luz eterna em seus corações.

Noite da Lua Velada, Sylvannis, Hröshgard, Galathiel (Venyara)

Durante a noite mais escura do inverno, os reinos setentrionais e as florestas élficas observam a Noite da Lua Velada. Venyara é honrada com orações silenciosas, velas azuis acesas em círculo, e oferendas de gelo delicadamente esculpidas. Enquanto a lua se esconde, sacerdotisas entoam hinos cristalinos, dissipando medos ancestrais e preparando o caminho para a renovação lunar.

Rito do Fio Silente, Zar'Kharûl, Valiord, Glimbral (Sirthël)

Em templos ocultos e câmaras veladas, sacerdotes murmuram ao longo de finos fios de prata, conectando segredos e palavras proibidas. Cada palavra pronunciada é um voto de silêncio futuro, e os participantes sentem em sua pele o arrepio do conhecimento oculto, envolto em véus de sussurros entrelaçados, rendendo tributo a Sirthël.

Cortejo das Faces, Al'Qamar (Zal’Amun)

Sob as luas prateadas de Al'Qamar, uma procissão solene desfila pelas ruas, com participantes trajando máscaras delicadamente esculpidas que exibem as inúmeras faces de Zal’Amun. Tochas lançam sombras dançantes nas paredes de mármore, enquanto cânticos profundos ecoam em uníssono, refletindo as muitas vidas vividas e as muitas que ainda virão.

Círculo das Raízes Entrelaçadas, Brumasuave, Sylvannis (Orlindar)

No âmago das florestas mais antigas, círculos de árvores vivas são enfeitados com fitas verdes e brancas, onde druidas dançam descalços sobre o solo úmido e fragrante. Orlindar recebe oferendas de frutos e sementes, enquanto os participantes tecem coroas com raízes entrelaçadas, fortalecendo o vínculo entre todas as coisas vivas.

Banquete das Quatro Cores, Valiord (Therysia)

Em praças decoradas com sedas em tons brilhantes de azul, dourado, branco e vermelho, longas mesas são postas em honra a Therysia. Quatro pratos distintos, cada um representando uma virtude ou dom divino, são compartilhados entre amigos e estranhos, promovendo união, equilíbrio e paz sob a vigilância da deusa.

Rito da Asa Solta, Lumezia (Caerwyn)

A céu aberto, em torres elevadas, homens e mulheres soltam centenas de aves coloridas que voam livres, simbolizando a liberdade e o domínio dos céus concedido por Caerwyn. O céu torna-se um mosaico vivo e vibrante, e os gritos das aves fundem-se com os cânticos alegres que enchem o ar límpido de Lumezia.

Ritual do Espelho d’Água, Sylvannis (Nimwë)

À beira de lagos cristalinos, seguidores reúnem-se à meia-noite, quando a superfície aquosa se transforma em espelho das estrelas. Nimwë é invocada por meio de cânticos suaves e oferendas de flores flutuantes que deslizam suavemente na água, refletindo o brilho dos astros e os desejos mais profundos dos fiéis.

Festival dos Sete Martelos, Durandram (Khaldros)

Sob o retumbar de martelos em forjas ardentes, anões reverenciam Khaldros com torneios de artesanato em ferro e pedra. A noite é iluminada por chamas vivas, e o calor das forjas espalha-se em celebração, enquanto cada golpe do martelo reafirma o poder e a proteção divina.

Marcha da Flor de Aço, Arkadia (Avelora)

Guerreiros e guerreiras marcham orgulhosamente por Arkadia, exibindo armas polidas e flores metálicas tecidas em armaduras. Hinos guerreiros ecoam pelas ruas, lembrando que beleza e força são duas faces inseparáveis da mesma coragem, honrando Avelora.

Clamor do Rugido, Valiord (Drakar)

Sob tambores de guerra, Valiord ressoa com o rugido feroz de Drakar. Sacerdotes em mantos escarlates gritam aos céus, invocando coragem e vigor enquanto as chamas ardentes purificam almas e corações em noites febris de celebração.

Julgamento da Lança, Hröshgard, Lumezia (Tharnak)

Sob os gelos e os ventos cortantes do norte, campeões enfrentam desafios honrando Tharnak. Com lanças erguidas, provam seu valor em batalhas cerimoniais, buscando a aprovação do deus guerreiro.

Festival do Guardião Celeste, Valiord, Galathiel, Lumezia e Brumasuave

A cada sessenta dias, quando o asteroide Guardião se alinha com a lua Selûra, sacerdotes e devotos realizam ritos de absoluto silêncio sob estrelas cadentes. Ao redor de fogueiras prateadas, danças cerimoniais silenciosas honram o ciclo celeste, oferecendo preces mudas para um destino benevolente.


🕯️ Relíquias Famosas de Eldoria

Espada Solar de Ederon (Ilmárien)

Forjada nas forjas sagradas de Arkadia, a Espada Solar de Ederon é uma lâmina resplandecente que emana a luz do próprio Ilmárien. Seu metal dourado brilha com intensidade, e diz-se que cada golpe desferido com ela purifica as trevas ao redor. Empunhada por heróis lendários, a espada é símbolo de justiça e esperança, guiando os justos em batalhas contra as forças sombrias.

Olhos do Eclipse (Veltharion)

Os Olhos do Eclipse são duas gemas negras que refletem o cosmos em constante movimento. Criadas por Veltharion, elas concedem visões do passado e do futuro àqueles que as contemplam. Guardadas em um relicário de obsidiana, as gemas são utilizadas por oráculos em rituais de adivinhação, revelando segredos ocultos e destinos entrelaçados nas estrelas.

Livro de Luar de Myrellis (Myrellis)

Este tomo antigo, encadernado em prata lunar, contém poemas e canções que capturam a essência da deusa Myrellis. Suas páginas brilham suavemente à luz da lua, e ao serem lidas, as palavras ganham vida, envolvendo o leitor em melodias etéreas. O livro é uma fonte de inspiração para bardos e poetas, conectando-os à beleza e à melancolia do mundo.

Corações do Sol (Ilmárien)

Os Corações do Sol são três cristais dourados que pulsam com a energia solar de Ilmárien. Cada um representa uma virtude: coragem, compaixão e sabedoria. Quando unidos, eles irradiam uma luz intensa capaz de curar feridas e purificar ambientes corrompidos. Guardados em templos sagrados, os cristais são utilizados em cerimônias de renovação e bênçãos.

Máscara da Noite Infinita (Zal’Amun)

Esta máscara de ébano, adornada com estrelas incrustadas, permite ao usuário caminhar entre as sombras sem ser percebido. Criada por Zal’Amun, ela concede habilidades de furtividade e manipulação das trevas. Utilizada por espiões e assassinos, a máscara é tanto uma ferramenta quanto um fardo, pois aqueles que a usam por muito tempo podem perder-se na escuridão que ela invoca.

Chave Negra do Véu (Merunir)

A Chave Negra do Véu é um artefato enigmático que permite abrir portais para dimensões ocultas. Forjada por Merunir, ela é feita de um metal desconhecido que absorve a luz ao seu redor. Guardada por cultistas em rituais secretos, a chave é usada para acessar conhecimentos proibidos e comunicar-se com entidades além do véu da realidade.

Lanterna Negra das Três Agonias (Malrithar)

Esta lanterna sinistra emite uma chama negra que não ilumina, mas consome a luz ao redor. Criada por Malrithar, ela é usada em rituais de sofrimento e penitência, onde os participantes enfrentam suas três maiores agonias: física, emocional e espiritual. A lanterna é um símbolo de purificação através da dor, guiando os fiéis na busca por redenção.

Martelo do Eco Trovejante (Ashirâm)

O Martelo do Eco Trovejante é uma arma colossal que, ao ser brandida, emite um estrondo semelhante ao trovão. Forjado por Ashirâm, ele é utilizado por guerreiros em batalhas épicas, onde cada golpe reverbera como um trovão nos corações dos inimigos. O martelo é símbolo de força e determinação, inspirando coragem nos aliados e temor nos adversários.

Astrolábio Encantado (Isarion)

Este astrolábio intricadamente trabalhado em prata e cristal permite mapear os céus com precisão divina. Criado por Isarion, ele é utilizado por navegadores e astrônomos para prever eventos celestiais e orientar jornadas. O astrolábio é também uma ferramenta espiritual, conectando o usuário às harmonias cósmicas e revelando os segredos do universo.

Capítulo Inacessível (Voralen)

O Capítulo Inacessível é uma página perdida de um tomo sagrado que contém verdades universais. Escrito por Voralen, ele é dito ser ilegível para aqueles que não estão preparados espiritualmente. Aqueles que conseguem decifrar suas palavras ganham insights profundos sobre a existência, mas correm o risco de enlouquecer diante da magnitude do conhecimento revelado.

Cajado do Equinócio (Therysia)

Este cajado elegante, entalhado em madeira de árvores sagradas, representa o equilíbrio entre luz e sombra. Criado por Therysia, ele é utilizado em rituais que celebram os equinócios, marcando a harmonia entre as estações. O cajado é um símbolo de equilíbrio e renovação, guiando os druidas na manutenção da ordem natural.

Báculo de Seiva Viva (Orlindar)

O Báculo de Seiva Viva é uma extensão da própria natureza, feito de galhos entrelaçados que ainda pulsam com vida. Criado por Orlindar, ele permite ao usuário comunicar-se com plantas e animais, promovendo crescimento e cura. O báculo é um símbolo de conexão com a terra, utilizado por guardiões da floresta para proteger e restaurar o equilíbrio natural.