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Eldória

Introdução - Principais Reinos de Eldória

Eldoria é um continente repleto de contrastes e histórias antigas, onde cada reino carrega lendas próprias, alianças incertas e uma riqueza cultural marcante. Nesta breve introdução, percorremos os domínios habitados por humanos, elfos, anões, gnomos, halflings e outros povos de regiões distantes ou desconhecidas — cada um com características únicas que moldam a intrincada teia política e mágica de todo o continente.

🏰 Arkadia: É o mais antigo dos reinos humanos, nasceu da unificação das tribos dispersas sob o visionário Rei Arkadius e enfrentou ao longo dos séculos choques com elfos de Galathiel, disputas com anões de Durandram e conflitos contra clãs humanos, mas também forjou pactos e se uniu a outros povos para rechaçar as hordas de orcs; hoje, destaca-se como um centro cosmopolita de comércio e diplomacia, realizando festivais célebres que celebram a bravura e a união de Eldoria.

⚓ Lumezia: Floresceu a beira do mar ocidental, dominando rotas marítimas e desenvolvendo frotas mercantes que se projetaram como uma das maiores potências navais de Eldoria. Conhecida por suas cidades portuárias cosmopolitas, Lumezia recebeu refugiados, comerciantes e aventureiros de várias partes do continente. Apesar de desafios diplomáticos — principalmente disputas sobre taxas e rotas estratégicas —, Lumezia construiu acordos proveitosos com Arkadia e reinos distantes. Sua marinha e sua cultura marítima moldaram o caráter do reino, que hoje é referência em construção naval, artes de navegação e, claro, gastronomia baseada em peixes e iguarias costeiras.

🔮 Valiord: Fundado pelas tribos bárbaras que fugiram após serem derrotadas por Arkadia e Lumezia, reconstruiu-se em cidades fortificadas e floresceu graças ao comércio terrestre e às suas artes arcanas ancestrais do leste. Apesar da organização militar e da diplomacia comercial que marcam sua atual prosperidade, o povo valiordiano mantém vivas as lembranças tribais em festas rituais e cultos ancestrais, unindo o passado guerreiro à força das artes mágicas que hoje definem sua identidade.

❄️ Hröshgard: Localizado nas tundras gélidas ao extremo norte, Hröshgard abriga clãs humanos que foram expulsos milênios atrás da região da atual Lumezia. Esses humanos se adaptaram suas tradições de guerra e sobrevivência às condições implacáveis de neve e gelo. Divididos em jarls e conselhos tribais, resistem a monstros polares e incursões inimigas, sustentando uma cultura de honra, pesca nas águas congeladas e forja de metais rúnicos capazes de enfrentar as agruras do frio eterno.

🍃 Sylvannis: Reino élfico recluso no noroeste de Eldoria, protegido por florestas ancestrais e feitiços antigos. Seus habitantes são guardiões de artes místicas e segredos arcanos transmitidos através de gerações, priorizando o equilíbrio natural e a harmonia com os espíritos das árvores. Embora mantenham contato mínimo com outros povos, podem firmar alianças em face de ameaças que transcendem suas fronteiras.

🧝 Galathiel: Ocupa as matas orientais de Eldoria e igualmente venera o poder vivo das florestas. Originário de elfos que travaram conflitos seculares com Arkadia, o reino hoje desfruta de uma paz cautelosa — marcada por pactos sagrados e diplomacia cuidadosa. Em suas matas enevoadas, druidas e guerreiros se unem para proteger santuários antigos e ritos que nutrem a magia natural do lugar.

🛡️ Durandram:Nas Montanhas de Durandram, os anões vivem em fortalezas subterrâneas, dedicados à mineração e à forja de armas lendárias. Ao leste, enfrentam Zar’Kharûl, onde os orcs contestam cada mina e passadiço. Em contraste, apesar de conflitos pontuais, os anões mantêm acordos de comércio e paz duradoura com humanos e elfos, valorizando a cooperação quando ameaças maiores se erguem no horizonte. Hoje, combinam trocas comerciais vantajosas com orgulho cultural férreo, erguendo cidades-escavações onde a runa ancestral e a engenharia da rocha se entrelaçam em um legado que remonta à fundação do mundo.

💀 Zar'Kharûl: O domínio sombrio e pantanoso dos orcs, feras e necromancia ocupa terras inóspitas ao norte de Arkadia. Governado pela Torre Necromante de Ghârn-Kurûl, suas tribos brutais defendem rituais sanguinários e alianças frágeis entre si; a desunião, porém, não diminui a ameaça que representam a reinos civilizados, especialmente em campanhas sazonais de pilhagem e terror.

🍄 Glimbral: Oculto entre bosques centrais e vales secretos, o reino dos gnomos se destaca por inventividade e alquimia. Oficinas, laboratórios e passarelas aéreas compõem cidades-laboratório de arquitetura excêntrica. Sua sede de conhecimento e experimentação gera engenhos mecânicos peculiares — tão úteis quanto imprevisíveis —, reforçando laços comerciais com reinos interessados em artefatos mágicos e tecnológicos.

🌿 Brumasuave: Nas colinas suaves do sudoeste, os halflings vivem em lares escavados e aldeias aconchegantes, privilegiando a hospitalidade, agricultura e festivais regionais repletos de fartura. Profundos conhecedores da arte de bem-viver, com música, cervejas artesanais e queijos famosos, acolhem visitantes diversos e mantêm uma paz aparente, protegida por sua localização fora das grandes rotas de conflito.

🕌 Al’Qamar: Civilizações antiquíssimas prosperam nas dunas escaldantes ao sudoeste. Palácios-oásis, mercados de especiarias e rituais solares formam a base do sultanato de Al’Qamar, envolto em lendas de gênios e magias elementais. Por vezes, caravanas atravessam o deserto para comercializar com reinos costeiros, trazendo relíquias antigas e histórias sobre segredos enterrados além das areias insondáveis.

Eldoria

Capítulo 1 – O Reino de Arkadia

Brasão de Arkadia

Visão Geral

Arkadia (também chamado de Reino Arkadiano) é amplamente reconhecido como o coração da civilização humana em Eldoria. Localizado em planícies férteis que se estendem por grande parte da região central do continente, o reino prospera desde os tempos do lendário Rei Arkadius, cuja unificação das tribos humanas deu origem ao atual calendário arkadiano. Com uma população diversa e em constante expansão, Arkadia não se limita ao cultivo de grãos e ao comércio vigoroso; sua influência cultural e política o alça à posição de mediador fundamental para toda Eldoria. Muitos o veem como um refúgio de diplomacia, capaz de conter conflitos e selar tratados. Entretanto, seus sucessos despertam invejas e ameaças: reinos orcs, bestas nortenhas e até mesmo cidades humanas concorrentes veem Arkadia como um obstáculo ambicioso.

Embora o reino seja tido como uma “terra de oportunidades”, ele não está imune a pressões internas. Disputas nobres por feudos e a ascensão de guildas criminosas — sobretudo em Maravista, cidade mercante de brilho e corrupção — refletem antigas rivalidades contra tribos bárbaras e choques de interesse com as passagens anãs. A cada geração, novas tensões brotam, exigindo que a monarquia e seus conselheiros governem equilibrando tradição, expansão territorial e a busca por harmonia entre povos diversos.

Em meio a esse cenário, planícies ondulantes e colinas suaves abrigam feudos senhoriais e vinhedos, enquanto o Rio Argênteo conecta aldeias e cidades. Pequenos haras criam cavalos de raça, cuja excelência é simbolizada na Cavalaria da Alvorada, temida e reverenciada por todos os cantos do continente. Portando armaduras reluzentes, esses cavaleiros defendem cada palmo da nação, espelhando a coragem e o senso de honra que caracterizam o povo arkadiano.

Cultura e conhecimento florescem nas bibliotecas de Arkadion, onde bardos e eruditos se reúnem para debater filosofia, história e artes arcanas. Festivais itinerantes, repletos de música e gastronomia local, percorrem o reino, reforçando laços entre camponeses e aristocratas. Ao mesmo tempo, ferreiros e artífices celebram a abundância agrícola forjando armas finas e utensílios de elevado requinte, enquanto mestres cervejeiros e vinicultores iluminam banquetes com sabores únicos.

Assim, Arkadia se afirma como um pilar de Eldoria: conduzindo alianças, superando desafios seculares e mantendo viva a crença de que a força militar, a erudição e a hospitalidade podem coexistir em harmonia. E se, por vezes, orcs e rivais ameaçam suas fronteiras, o reino erguido pelo sonho de Arkadius responde com unidade e bravura — recordando a todos que o verdadeiro poder de Eldoria reside no equilíbrio entre tradição e renovação, bem como na vontade de construir pontes ao invés de muralhas.

Localização

Arkadia ergue-se majestosa no coração de Eldoria, um reino de colinas suaves e planícies férteis que se estendem como um tapete verde a perder de vista. Ao norte, o horizonte é dominado pelas encostas frias das Montanhas Anãs, que se erguem como muralhas rochosas contra o céu acinzentado. Por vales e passagens estreitas, é possível alcançar as fortalezas subterrâneas dos anões, cuja arte de forjar metais e tecer alianças moldou uma relação de trocas e disputas antigas com Arkadia.

Seguindo para o leste, as terras vão gradativamente se tornando mais arborizadas, até que as florestas élficas surgem em esplendor natural. Ali, Galathiel mantém suas fronteiras mágicas e tradições milenares. Os caminhos de fronteira são marcados por bosques úmidos e trilhas que se perdem entre carvalhos e ciprestes, onde guardiões élficos e patrulhas arkadianas costumam vigiar em colaboração — fruto de acordos de paz construídos a duras penas.

Em direção ao sul, as planícies férteis de Arkadia se prolongam, conectando-se a pequenas colinas e feudos até chegar à Península de Isilbur, uma região costeira crucial para a movimentação de mercadorias rumo ao norte. Nessa península, existem apenas vilarejos de pequeno porte e portos simples, mas extremamente estratégicos: dali partem rotas comerciais que serpenteiam até as montanhas do norte, por onde se faz a conexão com Lumezia — seja para evitar os caminhos centrais de Eldoria ou para escoar mercadorias de forma mais segura. Alguns historiadores acreditam que, em épocas de grande perigo (como incursões orcs ou surtos de pirataria na costa norte de Lumezia), as rotas costeiras de Isilbur salvaram o fluxo comercial de Arkadia, mantendo o reino abastecido e ligado a seus aliados.

Clima

Arkadia estende-se por planícies extensas e colinas suaves, tingidas ao longe por encostas cobertas de vegetação onde rebanhos pastam tranquilamente. O clima temperado domina o reino, garantindo estações bem definidas, embora sem grandes extremos de temperatura. Viajantes costumam descrevê-lo como uma sucessão de primaveras e outonos longos e agradáveis, com verões moderados e invernos que, embora frios, raramente atingem rigores insuportáveis.

Primavera revela-se com matizes multicoloridos: campos vestem-se de flores silvestres, e o ar carregado de suaves fragrâncias percorre as estradas margeadas por carvalhos jovens. Manhãs enevoadas formam véus sobre o Rio Argênteo, dissipando-se em raios dourados do sol nascente. Os camponeses celebram festivais de plantio, aproveitando o derretimento das geadas invernais para preparar o solo.

Quando Verão enfim chega, o calor se apresenta de modo gentil. Serras ao norte, onde as correntes de ar das montanhas anãs sopram, amortecem possíveis ondas de calor intenso. Durante as tardes, brisas vindas dos bosques refrescam os campos. As plantações amadurecem sob céus de azul translúcido, enquanto aldeões montam barracas de feira, expondo frutas e legumes robustos aos comerciantes que viajam pelas rotas que cruzam Arkadia. À noite, as estrelas cintilam em um firmamento aberto, convidando bardos e agricultores a reunirem-se em tavernas ou ao redor de fogueiras para trocar histórias e canções.

Outono é a estação de transição, quando o sol tinge os bosques em tons de cobre e ouro. Um clima ameno domina boa parte do dia, mas as madrugadas ganham ar fresco que escorre das colinas do norte. As folhas se desprendem das árvores, dançando sobre as trilhas, enquanto caravanas aproveitam a estação seca e serena para comercializar em mercados mais distantes. Chove com moderação — chuvas brandas, suficientes para preparar a terra para o frio vindouro e abastecer rios e nascentes. É também época de colheita e festivais, celebrando vinhos recém-fermentados e pães recém-saídos dos fornos.

Quando Inverno se anuncia, os ventos frios, ainda que menos severos que em reinos setentrionais como Hröshgard, fazem as pessoas agasalharem-se com mantos de lã e buscarem a companhia do fogo crepitante nos salões. Nas colinas mais elevadas, finas camadas de neve podem cobrir a relva, mas raramente se acumulam por muito tempo. Os rios seguem fluindo sem congelar inteiramente, permitindo continuidade ao comércio fluvial, tão vital a Arkadia. Em aldeias e vilas, famílias se reúnem em tavernas iluminadas por lamparinas de óleo, compartilhando histórias e canções sobre heróis do passado.

Em todas as estações, as chuvas distribuem-se com relativa regularidade, nutrindo as terras de Arkadia e garantindo a abundância agrícola pela qual o reino é famoso. Seja numa manhã de primavera que desponta em brumas peroladas, seja em plena tarde de outono, com folhas vermelhas revoltas no ar, a terra arkadiana é uma pintura viva, mantida pela generosidade do clima e pela devoção do povo que reconhece nessa harmonia natural a base de sua força e prosperidade.

Governo

Ao longo dos séculos, a coroa de Arkadia manteve-se sob a égide da linhagem sagrada de Arkadius, o unificador das tribos humanas. Esse vínculo ancestral, que muitos bardos chamam de “Sangue do Primeiro Rei”, persiste na pessoa do atual monarca, que reivindica, por direito e tradição, o trono erguido nas altas salas de Arkadion. Diz-se que a espada forjada no meteorito — outrora empunhada por Arkadius — repousa na capela real, ressoando discretamente quando corações indignos tentam usurpar o poder.

O governo mantém-se, por natureza, monárquico e hereditário, embora um conselho de nobres, mestres de guildas e eruditos do reino participe das decisões, servindo de contrapeso às vontades reais. Os conselheiros, reunidos em um salão de tapeçarias que narram conquistas antigas, oferecem visões distintas sobre comércio, relações diplomáticas e a defesa das fronteiras. Ainda assim, a voz do soberano reluz acima de todas, pois o povo crê que a bênção dos fundadores confere legitimidade divina à Casa Real.

Entre os nomes mais notáveis dessa dinastia, contam-se Rei Aldarion, o Justo, que selou a tão falada paz com os elfos de Galathiel, e seu filho Edmurel, tido como o descobridor de rotas comerciais que ligaram Arkadia a povoados longínquos no sul. Houve também épocas mais sombrias, quando pretendentes conspiraram na escuridão dos salões, mas a coroa, sustentada por generais leais e pela devoção do povo, nunca caiu em mãos indignas.

Hoje, no Ano 3201 do calendário arkadiano, quem senta-se no trono de Arkadion é Rei Theodrin, reconhecido como o vigésimo terceiro herdeiro da sagrada linha de Arkadius. Para harmonizar o contexto temporal — lembrando que Rei Aldarion, o Justo, firmou a paz definitiva com os elfos de Galathiel no Ano 1850, há de se considerar que Theodrin descende indiretamente dessa estirpe, por várias gerações.

Dessa forma, Theodrin é filho de Rei Elandor e de Rainha Lysena, ambos pertencentes à antiga Casa de Arkanthor. Lysena, por sua vez, é uma tetraneta (ou seja, alguns graus de linhagem mais abaixo) de Aldarion, o Justo. Na cronologia do reino, a cada três ou quatro gerações uma nova ramificação da família ascende, mantendo o vínculo remoto, porém legítimo, com o monarca que selou aclamada trégua com Galathiel. Assim, não se trata de descendência direta em linha única, mas de uma rede genealógica que, ao longo dos séculos, preservou nomes, tradições e alguns documentos ancestrais atribuídos a Aldarion.

Rei Theodrin herdou a coroa ainda jovem, após a morte prematura do pai, Elandor, em uma campanha militar malfadada na fronteira sul, quando os cavaleiros da Cavalaria da Alvorada precisaram repelir bandidos e ameaças menores. Ainda que jovem, Theodrin absorveu valiosas lições de diplomacia e história da mãe, Lysena, bem como aprendeu com antigos conselheiros como equilibrar a espada e a caneta.

Nos relatos bardescos, diz-se que Theodrin traz no olhar algo da bravura do lendário Arkadius — sempre pronto para defender as fronteiras — e, em seu semblante calmo, a sabedoria herdada da linhagem de Aldarion, que selou a paz outrora. Seja nos grandes salões iluminados pelas tapeçarias da capital, seja nos conciliábulos com generais, o jovem rei mantém a postura altiva que caracteriza a Casa de Arkanthor, salvaguardando a união do reino e a nobre herança que atravessou os séculos.

Agricultura, Comércio e Diplomacia

Arkadia prosperou ao longo dos séculos graças à sua forte tradição agrícola e rotas comerciais vantajosas. O Rio Argênteo, principal via fluvial, corta o reino quase ao meio, facilitando o escoamento de grãos, gado e produtos manufaturados para os portos fluviais que conectam o interior até reinos costeiros e mercantes. Essa fartura de recursos garante ao reino influência geopolítica, pois abastece não apenas suas próprias cidades, mas também exporta para povos vizinhos.

No campo da diplomacia, Arkadia exerce um papel essencial: é visto como uma nação de relativa estabilidade, capaz de sediar encontros e selar acordos entre reinos menores ou culturalmente divergentes. Embora a história do reino seja pontilhada por conflitos — contra elfos, tribos bárbaras e até facções internas de nobres —, os laços diplomáticos estabelecidos com reinos como Lumezia, Valiord e (mais cautelosamente) Galathiel definem um equilíbrio de poder no continente. De fato, muitos consideram que a influência cultural e política de Arkadia é tão determinante quanto sua força militar.

Um Polo de Estabilidade... em Conflito

Apesar de se firmar como “polo de estabilidade” no imaginário popular de Eldoria, Arkadia é, na prática, constantemente testada. O reino precisa manter vigilância contra saqueadores orcs vindos do norte ou bestas que atravessam fronteiras desprotegidas; vigiar e combater a expansão de guildas criminosas em seus centros urbanos; e ficar atento aos humores dos grandes lordes que poderiam se rebelar em busca de maior autonomia ou influência.

Arkadia se destaca como o “coração humano” de Eldoria — forte, fértil e diplomático, mas não imune às constantes turbulências que o mundo oferece. Ao mesmo tempo em que ergue pontes e assina tratados, o reino empunha espadas e ergue muralhas, consciente de que seu sucesso atrai admiração, mas também inveja e cobiça.

Fronteiras Diplomáticas

Principais Locais

Arkadion, a Capital Antiga e Nova

No coração de Arkadia desponta Arkadion, cidade régia que une muralhas imponentes à majestade de palácios em pedra clara, enquanto as fundações mais antigas, tomadas por heras e musgos, ainda sussurram lendas do Rei Arkadius. Entre bibliotecas e tavernas, bardos relatam epopeias de conquistas passadas, enquanto mercadores e cavaleiros transitam por ruas pavimentadas. É um lugar onde a tradição se entrelaça à busca por conhecimento — um reflexo vivo do que o reino se tornou ao longo dos séculos.

Ruínas de Arkadion Antigo

Pouco além das muralhas atuais, arcadas em ruínas surgem entre ervas e raízes. Túneis e criptas ali guardam ecos de batalhas remotas e possíveis feitiços ancestrais que dormitam sob a pedra. Conta-se que em noites de luar, as brisas noturnas reverberam gemidos e murmúrios — fantasmas de defensores que se ergueram contra hordas bárbaras, mantendo acesa a chama do passado heroico, ao mesmo tempo que sussurros mais sinistros convidam os curiosos a descobertas proibidas.

Bosque de Eborath

A oeste da capital, o Bosque de Eborath estende seus troncos seculares e copas sombrias, lar de druidas preocupados com o equilíbrio natural, mas também de bruxas ou conjuradores que traficam influências sombrias. Trilhas envoltas em névoa conduzem a clareiras onde cânticos ecoam sob luas prateadas, e onde pactos tanto benevolentes quanto terríveis podem ser assinados. Alguns desses cultistas defendem veementemente a vida silvestre, enquanto outros buscam poder em rituais obscuros — tornando Eborath um mosaico vivo de forças que se equilibram na fronteira tênue entre a natureza e a magia arcana.

Vilarejos e Fazendas das Planícies Centrais

Espalhados pelas planícies férteis, vilarejos de casas modestas e fazendas de grande porte formam a base agrícola de Arkadia, esse local é conhecido como Vale de Kariston. Os mercados semanais tornam-se festas comunitárias, com fruta fresca, cerveja artesanal e artesanato, enquanto boatos de lobos ou saqueadores pipocam nos balcões das tavernas. Entre colinas suaves, pequenos barões locais ou anciãos conselheiros conduzem a rotina das povoações, reforçando laços de hospitalidade mas também protegendo o povo de estranhos desaparecimentos ou incidentes suspeitos, que vez por outra sacodem a paz rural.

Mercado Ancestral de Kariston

Um dos centros comerciais mais antigos de Arkadia, situado entre Elendor, a Fortaleza de Orvann e Arkadion. Produtos raros, relíquias e especiarias exóticas podem ser encontrados em seus pavilhões, onde comerciantes de diversas raças negociam lado a lado.

Lago de Sangorenn

No extremo setentrional, um posto militar à beira do Lago de Sangorenn observa qualquer ameaça vindoura desde as regiões hostis de Zar’Kharûl. Envolto em brumas que dançam às madrugadas, o lago inspira contos sobre espíritos guardiões que entoam alertas contra criaturas malignas. Embora poucos cavaleiros confirmem tais relatos, a sua mera existência encoraja caravanas a cruzarem a trilha, na crença de que estão sob uma proteção invisível tão antiga quanto as próprias águas.

Maravista, Cidade Mercante

A leste do Rio Argênteo surge Maravista, efervescente de caravanas e guildas comerciais. Suas ruas são um mosaico de tavernas luxuosas e feiras barulhentas, onde mansões e palacetes no centro exibem a riqueza de nobres influentes. Nos bairros pobres, contudo, a vida é bem menos glamorosa: taxas onerosas afligem os moradores, enquanto milícias privadas controlam ruas e becos em acordos obscuros com nobres e comerciantes poderosos. Por trás do brilho das trocas mercantis, corrupção e guildas criminosas digladiam-se nas sombras, explorando qualquer brecha na política local. Assim, a cidade mescla promessas de grande fortuna com perigos constantes, atraindo quem busca aventura — ou a chance de uma vida melhor, mesmo que à beira do abismo.

Fortaleza de Orvann

Antes que as estradas levem para Lumezia, ergue-se a Fortaleza de Orvann — uma cidadela de pedra cinzenta cujo brasão enfeita torres e pendões. Soldados e arqueiros revezam-se nas muralhas, atentos a eventuais criaturas vindo do norte ou contrabandistas do oeste. Diz-se que em galerias subterrâneas jazem as cinzas de generais que defenderam Arkadia contra invasões memoráveis, e que suas espadas cerimoniais continuam penduradas em salões de honra, reluzindo como faróis de bravura para as gerações atuais.

Haras de Éldir

Nas planícies próximas ao Bosque de Suran, as cercas brancas do Haras de Éldir abrangem pastos de coloração vívida, onde corcéis da Cavalaria da Alvorada cavalgam sob o sol. Mestres criadores dedicam-se a polir talentos equinos natos, e diz-se que as selas, ferraduras e armaduras são forjadas por artífices renomados. Jovens cavaleiros, iniciando seus votos de fidelidade a Arkadia, aprendem que o elo com o cavalo é quase sagrado, uma mensagem que sintetiza a união entre força e honra — essência mesma do reino.

Rocha de Tharnelor

Erguendo-se solitária entre as colinas cobertas de neblina ao sudeste de Arkadia, nas proximidades da fronteira com as florestas de Galathiel, a Rocha de Tharnelor é um monólito de pedra negra, marcada por veios prateados que brilham à luz do luar. Ali, segundo os bardos da velha guarda, o Rei Arkadius teria recebido, em vigília solitária, a visão da unificação dos homens. Outros sustentam que ali existia um altar druídico ainda mais antigo, usado em eras que precedem os registros escritos. Hoje, peregrinos, cavaleiros e estudiosos caminham até Tharnelor em busca de inspiração, bênçãos ou respostas para sonhos proféticos. Nos solstícios, celebrações discretas ainda ocorrem ali — algumas promovidas pela coroa, outras... por cultos menos conhecidos.

Quedas de Elenthira

Ao norte de Maravista, nos confins onde os campos cultivados de Arkadia encontram as brumas esmeraldinas da floresta de Sylvannis, ruge uma das mais sublimes maravilhas naturais do reino: as Quedas de Elenthira. Alimentadas pelas águas cristalinas do Lago Celebren — oculto nas profundezas dos bosques élficos — o rio Argênteo desce em cascata vertiginosa, formando um véu de prata viva que despenca das falésias musgosas com estrondo e graça.

Torre de Lysmandrel

Estrutura de pedra erguida como bastião militar à margem da Lagoa de Sangorenn. Sua função é proteger o acesso às terras corrompidas ao norte e impedir investidas de goblins e orcs oriundos das sombras de Zar’Kharûl.

Floresta da Bruxa

Situada entre a Torre de Lysmandrel e a Torre de Caelvorn, esta densa floresta é envolta por brumas persistentes e árvores retorcidas, cujos galhos parecem sussurrar aos viajantes. Diz-se que ali viveu uma antiga feiticeira conhecida como Velmara, banida da corte de Arkadia por crimes nunca revelados. Seu espírito, segundo lendas locais, ainda perambula pelo interior da mata, atraindo aqueles de coração ambicioso e entregando-lhes visões que conduzem à perdição. Nenhum destacamento enviado para cartografar a floresta retornou ileso — e alguns jamais retornaram.

Torre Fronteiriça de Caelvorn

Localizada ao sul da Torre de Lysmandrel, próximo à fronteira oriental com Galathiel e Valiord, esta guarnição fortificada patrulha antigos caminhos de comércio e serve como ponto de observação avançado. Seus estandartes azuis tremulam sob os ventos das colinas, e nela residem alguns dos vigias mais experientes do reino.

Torre do Crepúsculo

Localizada ao norte da Fortaleza de Orvan, nas encostas próximas ao Bosque de Suran, esta torre de pedra escura encontra-se abandonada. Seu topo, parcialmente destruído, sugere um antigo bombardeio. Diz-se que abrigou um mago poderoso cujo paradeiro permanece um mistério. Luzes noturnas e ruídos inexplicáveis alimentam lendas sobre feiticeiros sombrios que outrora vigiavam as fronteiras de Arkadia.

Bosque de Suran

Uma extensão frondosa e silenciosa no oeste, onde cervos de pelagem branca e aves raras ainda habitam. Algumas trilhas levam a ruínas de tempos antigos, e vilarejos vizinhos contam histórias sobre espíritos que protegem suas árvores.

Lagoa de Velissan

Localizada ao sul, próxima à cidade de Arkadion, essa lagoa serena formou-se na confluência de dois pequenos rios, próximo à fronteira com Valiord. Fornece água potável, pesca abundante e serve como ponto de descanso para viajantes nas rotas comerciais.

Cidade de Elendor

Fundada nas margens da Lagoa de Velissan, Elendor é um centro de erudição e comércio de especiarias. Suas bibliotecas abrigam manuscritos raros, e suas praças são animadas por feiras, poetas e artesãos itinerantes. Tem um porto fluvial chamado Altyra, é importante rota comercial segue pelo Rio Elendor até Lumézia.

Colinas de Euvor

Estendem-se ao norte em direção ao leste, abrigando feudos e fazendas menores, vinhedos e antigas torres de vigia. Em suas encostas, arqueólogos desenterraram artefatos de civilizações pré arkadianas esquecidas.

As Ruínas de Telharin

ocalizadas em um platô elevado nas Colinas de Euvor, estas ruínas são o que restou de uma fortaleza anterior à unificação de Arkadia. Torres tombadas, muralhas rachadas e câmaras subterrâneas inexploradas guardam segredos de eras esquecidas.

Pedra da Concórdia

Monumento milenar na fronteira leste com Galathiel, onde foi firmado o primeiro tratado de paz entre os dois reinos. Cercada por árvores em forma de arco, serve ainda hoje como palco de cerimônias diplomáticas.

Cidade de Eldarwin

Localizada além do Vale da Concórdia ao leste, próxima à borda oriental do reino, Eldarwin é conhecida por suas torres de vigia, muralhas cobertas de hera e população reservada. Atua como entreposto de comércio e ponto de vigilância diplomática com Galathiel. Dizem que sob suas fundações repousam criptas e antigos templos esquecidos.

Floresta de Lórandel

Ao leste de Maravista, abaixo da cadeia montanhosa que se eleva rumo ao norte, esta vasta floresta cobre terras pouco habitadas. É fonte de madeira nobre e abriga reclusos, elfos viajantes e criaturas selvagens. Os ventos ali parecem sussurrar nomes esquecidos.

Bosque de Maldenor

Uma pequena floresta um pouco acima de Arkadion, cujas trilhas sinuosas cruzam com antigos círculos de pedra. Muitas vezes usada por caçadores e herboristas, é também palco de lendas sobre aparições e relicários enterrados.

Identidade Cultural

Arkadia projeta em seu povo a herança do lendário Rei Arkadius: honra, hospitalidade e coragem. Essa tríade norteia celebrações e rituais, alimentada tanto pelo amor às canções épicas e aos banquetes que reúnem jovens e anciãos em torno de lareiras, quanto pela firmeza com que cada cidadão defende o reino. As bibliotecas de Arkadion resguardam crônicas de batalhas, tratados diplomáticos e romances cavaleirescos que, a cada geração, inspiram poetas e bardos a compor novas obras. No campo das artes, artesãos e ferreiros levam a sério seu ofício, vendo nele uma forma de manter viva a memória e a dignidade que Arkadia construiu ao longo dos séculos.

Mentalidade do Povo

O povo arkadiano, em sua maioria, é gentil e altivo: recebem viajantes com um sorriso cordial, mas não hesitam em brandir espadas caso pressintam traição ou ameaça. Valorizam o esforço e a lealdade, acreditando que a grandeza do reino se ergue sobre o trabalho nos campos e o dever de proteger a terra. Há quem diga que o “Sangue de Arkadius” corre, de certa forma, nas veias de todos que aqui vivem, pois mantêm a fé na conciliação e a disposição de unir forças mesmo entre facções diferentes. Mesmo em Maravista, onde corrupção e intrigas percorrem as ruas, a esperança no caráter honesto do povo persiste.

Lendas da Região

A Espada do Primeiro Rei:Forjada de um fragmento de meteorito, teria sido empunhada por Arkadius para unir as tribos. Há rumores de que ela brilhe em presença de uma grande ameaça, e que apenas quem for digno do trono pode despertá-la.

O Canto do Lago Sangorenn: Diz-se que, nas noites de densa névoa, um canto melancólico ecoa sobre as águas. Uns o consideram um aviso de um espírito benigno; outros, um suspiro de almas que foram tragadas pelas profundezas em antigos conflitos.

As Bruxas de Eborath: Entre as árvores retorcidas do bosque, bruxas e druidas duelam silenciosamente pelos poderes da natureza. Há relatos de viajantes que ganharam curas milagrosas ao encontrar bruxas benevolentes, enquanto outros desapareceram ao cair em ritos perversos.

Espíritos de Elenthira: Diz-se que, nas noites de lua cheia, os reflexos da queda de Elenthira formam figuras dançantes, como se espíritos antigos celebrassem sob o manto estelar. É ponto de peregrinação para bardos, magos, poetas e amantes da beleza pura. Mas há também quem murmure que forças arcanas, antigas e insondáveis, adormecem sob suas águas profundas — e que certas criaturas das florestas jamais se aproximam dali, em respeito ou temor.

Sir Ederon e o Lobo de Prata: Baladas antigas narram a história de Sir Ederon, um cavaleiro que teria salvo Arkadia de uma horda orc acompanhado por um lobo de pelagem prateada, surgido das florestas no momento crucial. Em cerimônias solenes, os bardos ainda cantam sobre a união mística entre homem e fera, simbolizando a aliança entre a cavalaria e as forças da terra.

Mapa mais recente do Reino de Arkadia

Arkadia